Herdeiro do legado do tradicional restaurante Alicate, fundado em 1979 no bairro Monte Castelo, em Fortaleza, Rogério Batista dirige hoje seu próprio empreendimento gastronômico, a Churrascaria Casarão. E foi há cerca de um ano, com o advento da pandemia de Covid-19 que impactou profundamente o segmento de restaurantes que ele decidiu começar por lá sua experiência com geração distribuída de energia solar, a fim de reduzir custos com a conta de luz.

"Eu via sucessivos aumentos na fatura de energia e resolvi pesquisar na internet sobre instalação de placas solares. Aí, só via vantagens, porque é uma energia limpa e, apesar do investimento inicial, com o passar do tempo eu não pagaria praticamente mais nada de conta de luz. Deu muito certo e, seis meses depois, coloquei também na minha residência", relata. Ele acrescenta ainda que teve redução média de 90% na fatura mensal de seu estabelecimento e de 100% na de sua casa.

Batista financiou o valor das instalações em 24 meses e até o fim de 2022 espera recuperar o investimento feito, um prazo significativamente menor em relação à média de quem instala placas fotovoltaicas, devido ao alto consumo de energia que ele tinha antes.

A única preocupação dele é com tarifas como as do ICMS, que passou a ser cobrado no Ceará em março deste ano, e as previstas para começarem a ser cobradas gradativamente no PL. 5289/19. Sobre a primeira, o empresário afirma pagar em média R$ 430.

"Aqui a gente gera a própria energia, incentiva a turma a economizar energia, porque nossas usinas hidrelétricas estão todas com pouca água e os governos, de forma inversamente proporcional, deixa de nos incentivar ara nos cobrar", critica.