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Bares e restaurantes pedem aumento de carência do Pronampe a Guedes
Economia

Bares e restaurantes pedem aumento de carência do Pronampe a Guedes

|ARTICULAÇÃO| Afirmação foi feita pelo presidente do Conselho Nacional da entidade, Paulo Nonaka, em evento de lançamento no Ceará do projeto Brasil Novo
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Presidente do Conselho Nacional da Abrasel, Paulo Nonaka, fala em lançamento do projeto Brasil Novo 
 (Foto: Divulgação)
Foto: Divulgação Presidente do Conselho Nacional da Abrasel, Paulo Nonaka, fala em lançamento do projeto Brasil Novo

O presidente do Conselho Nacional da Associação dos Bares e Restaurantes (Abrasel), Paulo Nonaka, afirmou ontem em Fortaleza que a entidade entregou uma proposta ao ministro da Economia Paulo Guedes para aumentar carência e o prazo para o pagamento dos empréstimos feitos no contexto do Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe).



“Está na mesa lá do ministro (Paulo Guedes) nossa proposta para aumentar a carência em mais seis meses e aumentar o prazo em pelo menos mais 12 meses e que a parcela continue a mesma ou até diminua”, declarou durante evento de lançamento do projeto ‘Brasil Novo’, que pretende, entre outros objetivos, incentivar a formalização, melhorar o ambiente de negócios no País e fazer um diálogo entre diferentes atores sociais.

“Nosso segmento tem 80% de informais e queremos mudar isso, mas é importante pensar em outros aspectos que afetam nosso setor, tais como urbanismo, inclusão e redução das desigualdades sociais”, defendeu. Além de demonstrar otimismo com os diálogos que vem travando com entidades representativas dos segmentos de saúde, educação, meio-ambiente e organizações não-governamentais, Nonaka disse estar confiante em uma rápida recuperação econômica, a partir do avanço da vacinação e do fim das restrições a atividades. “Esperamos um ‘crescimento em V’ ”, projetou.

Falando especificamente sobre as mobilizações o setor de alimentação fora do lar durante a pandemia, ele voltou a lembrar uma série de ações civis públicas que moveu simultaneamente contra os 27 governadores e mais 270 prefeitos pedindo reparação dos prejuízos que o segmento teve no período. “Três em cada dez estabelecimentos fecharam, então as perdas foram muito grandes. Nós queremos também negociar Refis (refinanciamento de impostos) com isenção de multas e juros para esses pagamentos. Estamos ainda conseguindo em alguns estados negociar isenções com as concessionárias de energia”, elencou Nonaka.

Por sua vez, o presidente da Abrasel no Ceará, Taiene Righetto, destacou que “uma lição que a pandemia nos trouxe é que realmente todos precisamos nos ajudar e que somos iguais enquanto entidades, empresas e indivíduos em um cenário de crise. Com esse espírito a gente vai tocar o daqui para frente”. Apesar de também estar confiante com a retomada gradual das atividades, Righetto, é mais comedido quanto às perspectivas de recuperação do setor. “Estamos com sentimento positivo em relação ao impacto da vacinação, mas as nossas perdas aqui no Ceará foram tão grandes que não podemos recuperar esse ano”, pontua.

Durante breve apresentação, ele destacou as negociações travadas desde o início da pandemia com a prefeitura de Fortaleza e com o Governo do Estado do Ceará. Com o atendimento crescente dos pleitos do segmento, ele lembrou aos associados sobre a importância de se continuar respeitando a capacidade de atendimento estabelecida nos decretos, que atualmente é de 50%. “Tivemos grandes vitórias e construímos credibilidade ao longo desse processo, mas precisamos dar exemplo para preservá-la”, enfatizou.

O lançamento do projeto da Abrasel, um dos primeiros realizados a partir da liberação de pequenos eventos corporativos contou com a participação de associados da entidade e de dirigentes de segmentos tais como comércio, turismo e entretenimento. Nesse sentido, um dos destaques foi o anúncio feito pelo presidente da Associação Cearense de Humor, Lailtinho Braga, da criação de uma iniciativa chamada “Fortaleza Bairrista”, que pretende levar aos bairros da capital apresentações culturais.

“Somos 200 humoristas, aproximadamente, mas só uns 40 ainda têm conseguido se apresentar. Com a retomada, isso deve mudar e precisamos estar presentes em toda a cidade, não apenas nas áreas nobres. Sorrir libera endorfinas, a substância da felicidade,  e esse é um item fundamental para quem quer voltar a trabalhar ou produzir. Nossa ideia é fazer com que a gente ame a cidade, valorize o pequeno negócio, o artista do bairro”, conclui.

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