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Vestas planeja produzir para usinas offshore no Pecém
Economia

Vestas planeja produzir para usinas offshore no Pecém

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Parque eólico offshore nas águas da Dinamarca, ao norte da Europa (Foto: Arquivo Vestas/Divulgação)
Foto: Arquivo Vestas/Divulgação Parque eólico offshore nas águas da Dinamarca, ao norte da Europa

No Ceará há cerca de 15 dias, Eduardo Ricotta, novo presidente da Vestas para a América Latina, renuiu-se com o secretário Maia Júnior (Desenvolvimento Econômico e Trabalho) para planejar uma nova unidade da empresa que produza aerogeradores para parques offshore, segundo contou o representante do governo cearense. Os projetos em curso no Estado e a tendência deste novo nicho da geração eólica no Brasil tem despertado o interesse da empresa.

"Agora, ele vai fazer o dever de casa: propor à empresa, na Dinamarca, um projeto como esse no Estado do Ceará", afirmou Maia.

O desenvolvimento de uma cadeia produtiva que atenda a nova fase da geração eólica está nos planos do Governo do Ceará desde o lançamento do atlas eólico e solar, pelo Estado e a Federação das Indústrias (Fiec), ainda em 2019. Mais uma vez considerado um ambiente onde este tipo de geração deve contar com vantagens - como vento, maré e profundidade -, o Ceará é um dos pioneiros no processo de instalação de parques em alto-mar para produção de energia a partir dos ventos.

A Vestas, de acordo com Maia, já havia sido alvo de captação pelo governo neste sentido, mas a companhia havia dado uma negativa, de que não era o momento de investir em offshore aqui. Mas, em 14 de junho, Eduaro Ricotta, em visita ao Porto do Pecém e em conversa com o secretário, mudou esse entendimento.

O novo presidente da Vestas para a América Latina assumiu o cargo em abril deste ano e passou a revisitar parceiros importantes para a empresa. É pelo Pecém que a companhia embarca e desembarca cargas importantes da operação brasileira e o fortalecimento desse elo com mais uma unidade fabril deve impulsionar os negócios deste lado do globo e manter o espaço com a chegada de concorrentes.

Na mesma época que recebeu a negativa, Maia Júnior recorda que fechou parceria com a Mingyang Smart Energy. Com presença na China e na Índia, países nos quais possui 16 fábricas, a empresa deve investir R$ 400 milhões numa unidade fabril para aerogeradores com foco na geração offshore, no Complexo Industrial e Portuário do Pecém. O porto cearense também deve abrigar uma torre eólica a ser instalada no mar para o início dos testes de vento. (Com informações de Samuel Pimentel)

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