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Kora Saúde adquire Hospital Gastroclínica por R$ 82 milhões
Economia

Kora Saúde adquire Hospital Gastroclínica por R$ 82 milhões

Aquisições em alta | Esta é a primeira inserção da Kora Saúde, um dos maiores grupos hospitalares privados do País, no Nordeste e a décima aquisição nos últimos três anos
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Aquisição da Gastroclínica marca entrada da Kora no Nordeste (Foto: JÚLIO CAESAR)
Foto: JÚLIO CAESAR Aquisição da Gastroclínica marca entrada da Kora no Nordeste

O movimento de aquisições no setor de saúde está a todo vapor no Brasil. Ontem, a Kora Saúde Participações S.A., um dos maiores grupos hospitalares do País, anunciou a aquisição de 100% das ações e estrutura do Hospital Gastroclínica, em Fortaleza. A transação, estimada em R$ 82 milhões, marca a primeira entrada da rede no Nordeste e a décima aquisição nos últimos três anos.

O acordo foi feito por meio da Camburi Participações Ltda (Camburi), subsidiária da Kora Saúde, e celebrado por meio de contrato de compra e venda de quotas para a aquisição de 100% das quotas representativas do capital social da Gastroclínica. O valor da aquisição está sujeito a ajuste com base na variação de dívida líquida e capital de giro do Hospital, a ser verificado na data de fechamento da Operação. 

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Inaugurado há mais de 40 anos, o Gastroclínica é um dos mais tradicionais da capital cearense e possui 105 leitos em funcionamento. Ao mercado, a Kora Saúde frisou ainda seu potencial de expansão significativo, além de ser considerado referência no Ceará, “com um corpo clínico de excelência e localização estratégica na cidade".

“Trata-se de mais um importante passo da Kora em sua estratégia de crescimento no segmento hospitalar no Brasil e de consolidação do mercado de saúde”, informou.

Em fevereiro, a rede já havia comprado o Hospital Anchieta, com 270 leitos, em Brasília. Também possui sete hospitais no Espírito Santo, dois no Tocantins e um em Mato Grosso.

Mercado Aquecido 

O setor de saúde está aquecido. No último dia 7, a cearense Hapvida anunciou a compra, por R$ 475 milhões, do Grupo HB Saúde, de São Paulo, e do Centro Especializado em Traumatologia Reabilitação e Ortopedia Ltda. (Cetro), na Bahia.

Um dia antes, a Rede Mater Dei de Saúde anunciou a aquisição de 70% do capital social do grupo Porto Dias, proprietário de duas unidades hospitalares (Hospital Porto Dias e Porto Quality) e duas unidades de diagnóstico em Belém. A transação envolveu o pagamento de R$ 800 milhões e mais 7% das ações da Mater Day, o que eleva o investimento para R$ 1,4 bilhão, aproximadamente.

O consultor Sérgio Melo explica que as aquisições no setor de saúde vêm ganhando fôlego de 2015 para cá, com a Lei nº 13.097/15. Dentre outro pontos, a lei autorizou que empresas estrangeiras participassem, inclusive como controladoras, dos empreendimentos de assistência à saúde. Este é o caso, por exemplo, da própria Kora Saúde, que tem por trás a HIG Capital, gestora global que administra US$ 44 bilhões em private equity e tem 75% da empresa.

“Essa mudança na legislação trouxe um novo olhar dos investidores estrangeiros para o setor de saúde brasileiro. E a partir daí houve uma mudança de perfil de investidores, não só brasileiros, mas estrangeiros”.

Ele reforça que esse é um momento forte de consolidação do setor, o que, na prática, pode significar uma qualificação maior das operações dos hospitais com redução de custos e despesas, mas não há ampliação do mercado. “Apenas troca de mãos. Mas não significa que novos  hospitais não venham a ser criados, até porque a aquisição é exatamente para acelerar o processo de expansão". 

O usuário pode sentir uma mudança na padronização do serviço, que passa a ser o da rede adquirente. Porém, com a acomodação de tamanho dos grandes grupos e a entrada de novos concorrentes, a tendência é que a disputa também chegue com maior intensidade ao consumidor na forma de preços e qualidade de serviços.

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