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Setores de bares e o de eventos devem ter maior dificuldade de aderir
Economia

Setores de bares e o de eventos devem ter maior dificuldade de aderir

Na hora de aderir
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Apesar de ser considerada uma medida positiva, alguns segmentos econômicos devem ter maior dificuldade de aderir ao programa de subsídios de salários, na avaliação das entidades representativas dos setores. É o caso, por exemplo, daqueles que ainda estão com várias restrições de funcionamento, como o de bares e o de eventos. Já o comércio terá maior facilidade.

É o que sinaliza o presidente da Câmara dos Dirigentes Lojistas de Fortaleza (CDL Fortaleza), Assis Cavalcante. Ele explica que, apesar do forte impacto da pandemia nas operações, desde maio, o movimento, aos poucos, está sendo retomado. E neste mês, com a volta dos turistas, a perspectiva dos empresários em relação às novas contratação ganha força. "Essa notícia é muito boa, pode ajudar muito quem já está se organizando para contratar".

Ele diz que um retrato mais claro vai vir com o detalhamento das regras, mas é certo o impacto positivo ao Comércio. "No momento em que o Governo se dispõe a pagar metade do salário mínimo é um estímulo maior às empresas empregarem e estes novos trabalhadores a consumirem. O que beneficia o varejo como um todo".

Já o presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel-CE), Taiene Righetto, afirma que, na prática, o programa deve ter "efeito nulo" para o setor.

"Como 70% do nosso faturamento é no período entre 19 horas e meia noite, para nós, de bares e restaurantes, o efeito será nulo porque para fazer novas contratações, eu preciso estar trabalhando. Funcionando somente até 22 horas e limitado a 50% da capacidade não tem como ter perspectivas de novas contratações".

A preocupação é também a da presidente do Sindieventos, Circe Jane. Ela diz que, por enquanto, estão liberados apenas os pequenos eventos corporativos e há uma expectativa em relação aos eventos sociais, com 50 pessoas em locais fechados e de até 100 pessoas em ambientes abertos, mas sem data. "O setor vê a medida de forma positiva, mas só poderemos pensar em fazer novas contratações, com mais flexibilidade em relação às regras do setor de eventos".

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