A diretora executiva comercial do Complexo do Pecém, Duna Uribe, aguarda notificação oficial da Petrobras sobre o interesse da empresa no pier 2 do Terminal de GNL. O Complexo busca entender quando e se essa embarcação deve retornar. "E, se não retornarem no curto prazo, que sejamos notificados para procurarmos alternativas", completa.

O POVO apurou que o negócio fechado entre Cosan - por meio da Compass Gás e Energia S.A - para a aquisição da Gaspetro da Petrobras (negociação de R$ 2,03 bilhões ainda sujeita ao aval do Cade), envolve a participação na cadeia de distribuição. No Ceará, esse negócio culminaria em passar a atual parcela de ações da Gaspetro/Petrobras na Cegás diretamente para a Compass.

A operação de abastecimento no Terminal de GNL envolveria outro processo. Atualmente, existe interesse da Petrobras no arrendamento do terminal na Bahia de Todos os Santos, portanto, apenas um dos três grandes terminais que a companhia opera em portos brasileiros (Ceará, Bahia e Rio de Janeiro).

Sobre a situação no Pecém, a Petrobras afirmou ao O POVO que segue o disposto no contrato, que tem previsão de término em 2023, mas é reticente sobre a possibilidade de continuar operando o Terminal, respondendo que "a possibilidade de renovação a partir de 2024 depende dos planos de utilização futura do Porto pela Cipp".

O POVO ainda questionou a estatal se o negócio envolvendo Cosan e Gaspetro pode modificar a estratégia e planos para o Terminal de GNL no Porto do Pecém, mas não houve resposta para o questionamento.