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Open Banking e as fintechs: Grandes bancos querem regras claras para preservar concorrência
Economia

Open Banking e as fintechs: Grandes bancos querem regras claras para preservar concorrência

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O início da Fase 2 do Open Banking é visto como uma boa oportunidade para as fintechs. De acordo com a Associação Brasileira de Fintechs (ABFintechs), a colaboração é "super bem-vinda". A promessa de maior competitividade no setor financeiro a partir do compartilhamento de informações e recebimento de serviços personalizados é um grande movimento.

Segundo Rogerio Melfi, coordenador do GT de Open Banking da ABFintechs, as instituições digitais, por serem mais segmentadas e especializadas em um público específico, seriam beneficiadas com mais informações. "A colaboração entre fintechs e bancos é super bem-vinda no Open Banking. Neste sentido, elas podem entender melhor a dor dos usuários e aplicarem uma solução específica para esse público a partir de um banco".

Já entre os bancos a visão é diferente. Quando se fala de fintechs, a análise é que há distorções que precisam ser concertadas. Leandro Vilain, diretor de Inovação, Produtos e Serviços da Febraban, diz que já existem fintechs que possuem tamanho e fatia de mercado maiores do que as instituições "de pedra e concreto na esquina".

"Hoje temos fintechs que são verdadeiros conglomerados financeiros, que não podem ser chamadas de startups, pois têm presença em outros países, IPO na Bolsa de Nova York. A concorrência é positiva para o setor, mas o que viemos colocando é que seja isonômica no que tange à regulação, que permita igualdade de condições. Essas empresas não podem gozar de diferenças regulamentares", enfatiza.

Mas, para o CEO da Klavi - plataforma de Open Banking para todos, Bruno Chan, a competição proporcionada pelo sistema é positiva. "Hoje, poucos bancos dominam o mercado e retém a maioria do histórico financeiro dos brasileiros como pagamentos, movimentações e empréstimos."

"Mais facilidade no compartilhamento desses dados deve favorecer o consumidor, já que ele terá mais opções de produtos e serviços financeiros. Por meio do Open Banking, o consumidor poderá negociar com mais instituições financeiras e assim ter melhores condições como limites mais altos e taxas de juros reduzidas", diz.

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