O Vale Gás Social, medida de apoio social de caráter emergencial implementada durante a pandemia, será convertido em política pública permanente no Ceará. A informação foi divulgada em anúncio nas redes sociais ontem, pelo governador do Estado, Camilo Santana (PT).
A mensagem com o Projeto de Lei (PL) que viabiliza a implementação permanente do vale gás no Ceará será enviada para apreciação da Assembleia Legislativa do Estado, conforme revelou Camilo ao destacar a urgência com que o pedido precisa ser analisado.
"Não tenho dúvidas que a Assembleia Legislativa irá apoiar essa iniciativa", afirmou Camilo.
Com o projeto, espera-se fornecer três botijões de 13kg do Gás Liquefeito de Petróleo (GLP), o gás de cozinha, por ano para famílias de baixa renda e em situação de vulnerabilidade econômica.
De acordo com o governador, cerca de 500 mil famílias já foram beneficiadas em dois anos de projeto. "Tem pessoas que não estão mais conseguindo comprar o botijão de gás, usando fogão a lenha, criando riscos dentro de casa".
No Ceará, o botijão de gás de cozinha está sendo comercializado em média a R$ 98,14, segundo mais recente levantamento da Agência Nacional de Petróleo (ANP). Bem acima dos R$ 75,63 de agosto de 2020. Alta de 29,7% no período. Mas o produto pode ser encontrado com preços de até R$ 110, é o maior teto no Nordeste.
Ontem, o governador pontuou ainda que, além da distribuição do vale gás social, irá viabilizar uma parceria com o programa fogão ecológico, para beneficiar moradores da área rural.
Desenvolvido pelo Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Energias Renováveis (Ider), o fogão ecológico é feito de tijolo refratário e uma caixa de metal. O principal objetivo é ter o máximo proveito da lenha utilizada, reduzindo emissão de gases, bem como a quantidade de material a ser queimado.