No Brasil, Cairo Benevides, CEO da Liebe, diz que de 2019 para cá a marca passou de 7 para 19 lojas. A ideia é que até o fim de 2023 a grife esteja em todas as capitais e somente em 2024 comecem os planos de interiorização, com abertura de franquias.
Já com a fábrica nova terminando em 2022, ele planeja crescer onde está no Nordeste: Salvador e Recife. No Sul e Sudeste já está em Porto Alegre, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, além de São Paulo, com seis lojas, destacando-se a da avenida Oscar Freire.
Sobre hábitos de consumo, as mudanças vieram principalmente para o mercado online, o que fez a Liebe crescer neste segmento mais de 300% durante o ano de 2020, consolidando-se como a terceira maior marca de lingerie nacional no ambiente digital, segundo informa a própria marca.
Mas o cenário impactou negativamente nos preços das commodities internacionais, como espuma para bojos e fios de elastano. Cairo diz que conseguiu segurar um pouco os aumentos de 30% a 40% para 15%, tirando de linha alguns produtos e desenvolvendo outros com materiais mais em conta e com inovação.
Ele frisa que a elevação de preços acontece bem mais rápida que a queda, por isso, a expectativa de redução é somente para 2022. Na indústria o tíquete médio, portanto, foi de R$ 26 para R$ 30 e para o consumidor final foi de R$ 60 para R$ 70.
Com isso, os que mais sofreram impactos em produção e venda foram os bojos derivados de espuma, acima de tecidos e renda.
Já as máscaras de renda e com forro de algodão antibacteriano, com tecnologia que elimina 99% do novo coronavírus, são os itens mais buscados. A empresa investiu em 12 cores diferentes após fazer doação de 7 mil unidades no início da pandemia e receber diversos pedidos do produto logo após.
Outra adaptação veio com o aumento da procura por peças como blusas e calcinhas também pela tecnologia de eliminação do vírus e, como as pessoas ficaram mais em casa, a Liebe investiu em fazer pijamas da linha noite, o que antes não era seu forte.
As mudanças, principalmente nas vendas online, impactaram em novo Centro de Distribuição em São Paulo para reduzir o valor do frete e o prazo do envio dos produtos. Além disso, criação de canal de vendas pelo WhatsApp e entregas via delivery.
Os desafios para o fechamento de 2021 são alcançar a meta de 20% de salto nas vendas e reforçar as estratégias direcionadas ao e-commerce.