As ações de frigoríficos operaram em alta ontem mesmo após o Ministério da Agricultura anunciar, no sábado, 4, a suspensão temporária das exportações de carne bovina do Brasil para a China. A interrupção das vendas foi decidida após serem identificados dois casos de Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB) Atípica, conhecida como "mal da vaca louca", em Mato Grosso e Minas Gerais.
O avanço dos papéis ocorre porque as empresas têm reafirmado que seguirão atendendo à demanda.
O frigorífico Minerva, por exemplo, informou que continuará atendendo a China por meio de quatro plantas de abate localizadas no Uruguai e Argentina, sem comprometer a participação de mercado e relacionamento com clientes.
Além disso, a empresa acrescenta que realiza exportações para a China por meio das unidades de Barretos (SP), Palmeiras de Goiás (GO) e Rolim de Moura (RO).
Já o frigorífico Marfrig informou que possui, na América do Sul, treze plantas habilitadas para a China, sendo sete no Brasil, quatro no Uruguai e duas na Argentina.
No acumulado dos primeiros seis meses do ano, as exportações brasileiras da Marfrig para o mercado chinês representaram 5,6% da receita líquida consolidada. No período da manhã, as ações do Minerva subiam 2,31%, Marfrig ON ganhava 1,27% e JBS ON - que conta com unidade nos Estados Unidos - tinha alta de 1,86%.
Em comunicado, o Marfrig afirmou que, em virtude de os dois casos, a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) "deveria manter inalterado o status do Brasil", de risco insignificante, "encerrando o episódio".
"O tratamento que vem sendo dado ao caso comprova a eficiência e a transparência dos mecanismos brasileiros de rastreabilidade e de controle sanitário", afirmou a companhia no documento. (Agência Estado)