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Cerbras espera iniciar nova linha de produção ainda em 2021 e ampliar fabricação em 20%
Economia

Cerbras espera iniciar nova linha de produção ainda em 2021 e ampliar fabricação em 20%

A empresa investe R$ 170 milhões em ampliação de galpão da fábrica em Maracanaú, Região Metropolitana de Fortaleza, e na compra de maquinários
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Fachada da Cerbras (Foto: Regis Lima/Divulgação)
Foto: Regis Lima/Divulgação Fachada da Cerbras

A partir de investimento iniciado no começo deste ano, a Cerbras vem se preparando para efetivar a ampliação de sua linha de produção em cerca de 20%, passando de 3,2 milhões de metros quadrados (m²) por mês de revestimentos para até 3,9 milhões de m² já na largada da nova operação.

Uma parte dos equipamentos para a ampliação, vindos em sua maioria da Itália, foi trazida a partir de 160 contêineres, o que levou, inclusive, a empresa a ter que alugar um navio.

“Ainda estamos dependendo de muita coisa logística, mas queremos iniciar a produção o mais rápido possível, ainda neste ano”, adianta a diretora da companhia, Mariana Mota. São R$ 170 milhões investidos tanto em ampliação de galpão como na compra de maquinários.

 



O foco da nova linha da Cerbras é de ampliação do mix de revestimentos em cerâmica e porcelanato, incluindo grandes formatos (120x 120m, 120x60m, 90x90m, 22,5x120m e 15x120m).

A ideia é oferecer produtos de mais valor agregado até para equilibrar os reajustes em insumos que a empresa tem tido que absorver, como altas nos preços dos esmaltes e de gás. "A Cerbras será a única fábrica do Nordeste a produzir estes formatos que atendem às novas tendências mundiais de arquitetura e design”, explica Mariana.

Mariana Mota, diretora da Cerbras
Mariana Mota, diretora da Cerbras (Foto: Divulgação)

A aposta da empresa com a nova linha de produção é seguir com crescimento em vendas tanto no Brasil como no Exterior. E motivos para acreditar nisso, a marca tem. De 2019 para 2020, a Cerbras conseguiu ampliar as vendas em 12%. Para 2021, o crescimento esperado é de mais de 50% nas comercializações.

“Existe ainda uma demanda reprimida. Para atender os clientes (no período da pandemia) tivemos até que estabelecer um regime de cotas. Com a baixa dos juros, as pessoas queriam fazer investimentos no mercado imobiliário, então começou um ‘boom’. A média de compras dos clientes se manteve”, analisa a executiva. Em agosto do ano passado, a marca chegou mesmo a bater sua capacidade de produção.

No mercado internacional, a Cerbras pretende seguir investindo em maior entrada nos Estados Unidos, que respondem por 5% do faturamento e por 60% das exportações da empresa. A meta é dobrar a participação do país no faturamento da marca até 2022. “A gente acredita muito no mercado de exportações. E o Ceará está estrategicamente bem localizado para comercializar com os Estados Unidos, por exemplo”, pontua Mariana. “Mas temos também um ‘namoro’ com o mercado europeu.”

Ana Lucia Bastos Mota, proprietária da Cerbras
Ana Lucia Bastos Mota, proprietária da Cerbras (Foto: BARBARA MOIRA)

No Brasil, a empresa mira mercados no Centro-Oeste, Sudeste e Sul, especialmente em cidades que contam com lojas mais focadas no atendimento de arquitetos e especificadores. A líder da empresa, Ana Lúcia Bastos Mota, reforça também a atenção com o Norte e Nordeste.

"Hoje o Ceará responde por 40% das compras junto à empresa, vindo na sequência Rio Grande do Norte e Maranhão. E o Maranhão tá bombando", revelou Ana Lúcia. Atualmente, a Cerbras tem mercado em 14 estados brasileiros e exporta para mais de 30 países.

Para a ampliação da fábrica em Maracanaú, na Região Metropolitana de Fortaleza, serão contratados 150 novos funcionários somente para a linha de produção. A seleção para algumas vagas foi iniciada, mas, por enquanto, apenas a partir de indicações dos próprios colaboradores.

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