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Risco de desabastecimento no Ceará é baixo, avaliam setores
Economia

Risco de desabastecimento no Ceará é baixo, avaliam setores

Efeito paralisações
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Agenda internacional do Ceará mira parceria com empresários da América Latina e Central com foco no fortalecimento da fruticultura para exportação no Estado (Foto: Barbara Moira/O POVO em 13/02/2021)
Foto: Barbara Moira/O POVO em 13/02/2021 Agenda internacional do Ceará mira parceria com empresários da América Latina e Central com foco no fortalecimento da fruticultura para exportação no Estado

Com a perda de força nos atos de caminhoneiros apoiadores do governo Jair Bolsonaro, representantes de setores econômicos e especialistas em logística avaliam como baixo o risco de desabastecimento de produtos e combustíveis no Ceará.

Para o assessor de assuntos econômicos do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado do Ceará (Sindipostos-CE), Antônio José, "não existe qualquer indício de que essa paralisação possa, pelo menos no curto prazo, chegar no Ceará, mas, mesmo assim, as companhias distribuidoras e os postos estão em alerta".

O representante do Sindipostos lembrou ainda que, durante a paralisação dos caminhoneiros em 2018, o Ceará foi, em sua análise, "o estado que melhor se preparou" e o menos afetado por problemas de desabastecimento. "Na época, foi instalado um comitê de crise que conseguiu contornar o problema e a distribuição foi feita perfeitamente do Mucuripe para os diversos postos do Ceará."

Nesse sentido, o presidente da Câmara Temática de Logística da Agência de Desenvolvimento do Estado do Ceará (CT Log - Adece), Marcelo Maranhão, avalia que as empresas estão mais bem preparadas para um pouco provável, mas não descartado, acirramento do movimento dos caminhoneiros agora, em relação a 2018. "As empresas de transporte se prepararam para diminuir a dependência do transportador autônomo que é quem faz esse tipo de mobilização. Hoje, o efetivo das médias e grandes empresas não chega a 20% de autônomos", explica.

Por sua vez, o presidente da Associação Cearense de Supermercados (Acesu), Nidovando Pinheiro, avalia que não deve ocorrer paralisação no Ceará, mas caso o movimento volte a ganhar fôlego no Centro-Sul do País e avance pelo fim de semana "pode ocorrer falta de alguns produtos, tais como frutas e legumes que vêm de outros estados. Isso poderia afetar diretamente nosso abastecimento, mas nada indica que vá acontecer". (Colaborou Beatriz Cavalcante)

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