Logo O POVO+
Danos em equipamentos são a segunda maior causa de falhas em transmissão
Economia

Danos em equipamentos são a segunda maior causa de falhas em transmissão

Cartola sub 18. Abre coordenada
Edição Impressa
Tipo Notícia

Problemas em equipamentos e acessórios são hoje a segunda maior causa de desligamentos em linhas de transmissão da rede básica, segundo o Operador Nacional do Sistema (ONS). No acumulado até maio deste ano, foram 43 ocorrências, o equivalente a 6,5% do total.

Disparado em primeiro lugar, no entanto, aparecem as "Condições Meteorológicas Adversas" (descarga atmosférica, chuva/temporal, vento forte, etc.), com 258 ocorrências (38,97%). Entretanto, esse é um fator que vem diminuindo significativamente se comparado com anos anteriores. Em 2020, por exemplo, foram 696 casos. 

Já as falhas humanas aparecem na terceira posição no ranking deste ano, com 32 ocorrências (4,83%), seguidas pelas queimadas e vegetação, com 29 casos cada. 

De acordo com dados do ONS, as linhas de transmissão são responsáveis, em média, por 64,63% da origem das perturbações envolvendo a rede básica, o que se justifica por sua maior exposição em relação aos demais componentes do sistema elétrico.

No Brasil, o mais recente caso de apagão foi registrado no último sábado, 18, quando alguns municípios dos estados do Rio de Janeiro e Minas Gerais registraram desabastecimento de energia. 

Porém, o ONS, em nota, informou que o episódio não teve qualquer relação com a crise hídrica que vem causando estresse energético no País. Em nota, informou que às 21h21 houve um desligamento total da subestação Rocha Leão, de propriedade de Furnas, "devido à atuação da proteção diferencial de barras do setor de 138 kV", explicou.

De acordo com o sistema de supervisão do Operador, houve interrupção de 696 megawatts (MW) na carga. Às 22h32, o abastecimento estava 100% normalizado.

"O ONS avaliará as causas da ocorrência junto aos agentes envolvidos. Vale ressaltar que o episódio não tem relação com a crise hídrica do País. Reiteramos que, assim que identificado o problema, atuamos prontamente para iniciar a recomposição do sistema e para que o completo fornecimento de energia fosse restabelecido o mais rápido possível", disse o ONS em nota.

No ano passado, foram registrados mais de 3,3 mil de perturbações no sistema, incluindo casos de queda de energia. A maior média dos últimos quatro anos. Com destaque para o acréscimo de eventos relacionados a queimadas, que representou quase 25% das ocorrências. 

O que você achou desse conteúdo?