A agricultora Antônia Viana de Lima, de 49 anos, produz e comercializa hortaliças e folhagens, além de outros vegetais, com a ajuda da filha Isabele Viana Félix, de 31, no município de Capistrano (a 120 km de Fortaleza).
"É a primeira vez que a gente vem vender nossa produção na Capital. Acordamos 3h30 da manhã para vir. Sempre trabalhei com agricultura. Aqui a gente vende coentro, cebolinha, espinafre, manjericão, cidreira, tudo a R$ 3. A abóbora, a gente vende a R$ 4 o quilo. Já a caixinha de tomate-cereja é R$ 5", explica Antônia à nossa reportagem, com a mesma simplicidade e atenção com que recebe seus clientes.
Por sua vez, Isabele conta que o sítio onde cultivam alimentos saudáveis no município do Maciço de Baturité é uma extensão da casa onde vivem. "É sair dela e começar a trabalhar", resume com a expressão de quem herdou da mãe a devoção à agricultura sem pesticidas e fertilizantes químicos.
As feiras aproximaram a realidade delas da de outra família, a da aposentada Liduína Almeida, de 65 anos, e da professora Susy Almeida, de 32 anos, que também são mãe e filha. Ambas moram em Fortaleza.
"Sempre compramos frutas e verduras orgânicas e quando soubemos que haveria uma aqui (Feira Agroecológica do Parque) vimos uma oportunidade de economizar e aproveitar o espaço verde, ao mesmo tempo", conta. Susy complementa a fala da mãe dizendo que as duas já frequentaram outras feiras agroecológicas, como a realizada no Benfica.
"Nós acreditamos que fazer compras dessa forma é um modo de colaborar com o meio-ambiente e com a questão social, comprando do agricultor familiar, que trabalha com produção orgânica", defende.