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Mas se mexer nos impostos não resolve, qual a solução?
Economia

Mas se mexer nos impostos não resolve, qual a solução?

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Os preços dos combustíveis estão entre os itens que mais têm pesado no bolso dos brasileiros. Em um ano, o preço médio da gasolina já subiu 31,34% no Ceará, segundo a Agência Nacional de Petróleo. É também um dos principais vilões da inflação, que acumula alta de 10,25% em 12 meses. Daí a urgência por soluções. Mas, se mudar a base de cálculo dos impostos estaduais não é sustentável no longo prazo, qual a saída?

Na avaliação do consultor Bruno Iughetti, a solução passaria por uma reforma tributária ampla que criasse mecanismos de compensação aos estados para uma eventual redução de alíquota dos combustíveis. Isso deveria vir acompanhado pela criação de um fundo específico para setor, abastecido com parte dos recursos advindos dos royalties do petróleo, para ajudar a equilibrar os preços nos momentos de alta.

“Não seria um subsídio, mas um fundo de equilíbrio nos preços dos combustíveis ao consumir”, opina.

Para ele, uma mudança na política de preços da Petrobras também não resolve a questão. ”O represamento é tão prejudicial como o tabelamento, porque seria artificial e o aumento viria em cascata e com mais força.”

Já Ricardo Pinheiro acredita ser possível sim fazer ajustes via política de preços da Petrobras, sem comprometer a estatal, mas ressalta que a solução definitiva depende da reforma tributária. “O nosso maior problema é adoção da paridade de preços internacionais e, nessa paridade, a gente compra o petróleo em dólar, baseado em uma taxa de câmbio super desfavorável ao bolso dos brasileiros.”

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