Profissionais do segmento de eventos de entretenimento, acostumados a lidar com shows privados com até 150 mil pessoas, dessa vez têm uma esperança bem mais modesta, ter até 5 mil pessoas em celebrações espalhadas por locais tão diversos quanto hotéis e barracas de praia.

Atualmente, esse tipo de evento carece de uma definição mais clara sobre como atuar. A depender da situação, são aplicadas regras de equipamentos culturais como teatros e cinemas, que podem receber até 80% de sua capacidade, ou dos eventos sociais, que podem receber 300 pessoas em ambientes abertos e 500 pessoas em ambientes fechados. O segmento foi um dos mais afetados pela pandemia e muitas empresas estão há quase dois anos paradas.

A realização de um grande evento-teste há pouco mais de duas semanas e, mais recentemente, a criação do grupo de trabalho para discutir o Réveillon, trouxeram mais otimismo para representantes do setor, que foi o primeiro chamado pelo poder público para apresentar propostas às festividades da virada do ano.

Para a presidente da Associação Brasileira dos Promotores de Eventos no Ceará (Abrape-CE), Liége Xavier, "agora a gente está realmente fazendo um trabalho com várias mãos. Eles (gestores públicos) estão muito otimistas e nós ficamos também com a apresentação que nos foi feita em primeira mão, sobre as taxas de Covid-19".

Ainda sobre as primeiras tratativas, ela ratifica que a ideia é descentralizar o Réveillon. "Eles querem, acertadamente, distribuir melhor a população nessa data, fazendo festas particulares e festas públicas que gerem menos aglomeração", explica.

"Claro que vão ser festas menores que as de costume, mas eu acredito que reunirão em torno de 5 mil pessoas. Essa é a nossa esperança."