Quem organiza os chamados eventos sociais - casamentos, batizados, bailes de debutantes etc. - no Ceará ficou mais otimista ontem com dois anúncios feitos pelo governador Camilo Santana (PT), via redes sociais, sobre o novo decreto de flexibilização de atividades econômicas.
O primeiro é de que esse tipo de evento poderá receber, a partir do dia 1º de novembro, 500 pessoas em ambientes fechados e 800 pessoas em ambientes abertos. Mas foi o segundo anúncio que mais animou o segmento: o de que haverá, nas palavras do governador, “previsibilidade de ampliação dos eventos para as próximas semanas, dependendo da avaliação das autoridades de saúde”.
Para o presidente da Associação de Cerimonialistas e Profissionais de Eventos do Estado do Ceará (Acec), Flávio Carvalho, no intervalo entre a primeira e a segunda onda pandêmicas, “em um primeiro momento de abertura, já existia ali sinalizado um cronograma para se dar continuidade e a gente chegar à plenitude da realização dos eventos. Então, o mercado reage bem quando vê esses aumentos progressivos na capacidade de realizá-los”.
Ele destaca, porém, que a maior parte dos eventos sociais realizados ou programados até o fim do ano foram contratados muito antes das novas medidas e perspectivas. “Tudo aquilo que ficou de contrato firmado em 2020 está sendo concretizado agora e com custos bem diferentes, mas, estamos realizando o nosso trabalho com toda garra e disposição”, garante.
A cerimonialista Kellyanne Morais complementa o raciocínio “um evento como um casamento, tem um planejamento de médio e longo prazo. Dificilmente um casal planeja um casamento faltando um mês ou dois meses. Normalmente, os casais fazem as primeiras pesquisas de mercado faltando, em média, um ano e meio antes”.
Ela recorda que “quando a pandemia chegou e nos fez parar as nossas atividades, muitos casamentos estavam para acontecer. Teve um casamento que foi adiado faltando um dia, porque o governo do Ceará decidiu tomar medidas mais sérias diante de toda aquela aflição dos primeiros casos de Covid-19 chegando”.
A sinalização quanto ao estabelecimento de um cronograma de reabertura atende a uma reivindicação do setor de eventos sociais, mas também dos demais tipos de eventos, tais como os corporativos e os culturais ou de entretenimentos, especialmente às vésperas do período de festas de fim de ano.
Confira o episódio 'A volta dos eventos de entretenimento no Ceará' de Economia na Real:
“Precisamos de antecedência para organizá-las, especialmente, se a ideia é fazer um Réveillon descentralizado. Se ficar tudo para última hora, nossos custos subirão. Tudo ficará mais caro”, argumentou Liége Xavier, presidente da Associação Brasileira dos Promotores de Eventos (Abrape) no Ceará.
Já a presidente do Sindicato das Empresas Organizadoras de Eventos e Afins do Ceará (Sindieventos), Circe Jane Teles, citou reuniões entre o segmento e o governo. “Nós pedimos uma definição mais precisa dessa agenda de reabertura para irmos preparando esses eventos de fim de ano”, disse.
Ontem à tarde, o colunista de O POVO, Clóvis Holanda, apurou que a Prefeitura de Fortaleza deve mesmo realizar um evento público no Aterro da Praia de Iracema, entre os dias 31 de dezembro de 2021 e 1º de janeiro de 2022, com exigência de ‘passaporte da vacina’.
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Ritmo
Na semana passada, o setor de eventos já calculava ter voltado com algo entre 35% e 40% do ritmo normal.