A instabilidade econômica e social do fim do auxílio emergencial têm feito os lojistas investirem com mais cautela e em menores proporções do que o usual para a data. E um reflexo disso é a perspectiva de geração de, pelo menos, 2 mil empregos temporários no Comércio, segundo o Sindilojas.
"As contratações começaram na última semana de outubro e devem ter um crescimento forte na primeira quinzena de novembro", afirma o presidente do Sindilojas, Cid Alves.
Ele afirma ainda que não é possível estimar se essas 2 mil vagas serão poucas ou o suficiente para atender a demanda.
"Tudo é muito incerto. Queremos chegar a mais de 5 mil postos de trabalho, mas estamos vendo como o mercado reage. Talvez com essas novas contratações e uma redução do desemprego os consumidores fiquem mais confiantes, venham comprar mais e façam a gente ter como contratar mais".
Para o presidente da CDL, Assis Cavalcante, os lojistas de rua são os mais impactados pelas incertezas.
"Nós tínhamos um movimento de cerca de 350 mil pessoas no Centro de Fortaleza por dia, agora não chegamos a 190 mil. Era essa circulação que fazia o comércio responder muito bem a qualquer data comemorativa ou ação promocional".
Ele pontua que se fazem necessárias ações de revitalização e de infraestrutura no centro comercial da Cidade para tornar a região mais atrativa ao consumidor e frisa que a campanha de imunização contra Covid-19 precisa ser reforçada para que a economia possa seguir em recuperação.