Os preços dos carros seminovos e usados devem manter a trajetória de alta nos últimos meses de 2021. A expectativa no mercado é baseada na tradicional alta da demanda por veículos no período de fim de ano, aliado ao fato de que o déficit de veículos novos deve continuar. Com isso, o estoque de usados deve seguir pressionado e os preços também.
Sávio Torres diz que isso se deve puramente à lei de oferta e demanda e que não enxerga no futuro próximo perspectiva de alívio nos preços. "Quase todos os modelos de carros novos estão faltando e as pessoas estão demandando os seminovos, por isso o preço disparou."
Essa não deve ser a única fonte de aumento de preços dos veículos. A reunião realizada pelo Comitê de Política Monetária (Copom) na semana passada aumentou a taxa básica de juros, a Selic, para 7,75%.
Os juros bancários são ainda maiores. No crédito para aquisição de veículos, por exemplo, as taxas foram de 22,7% ao ano, em agosto, para 23,9%, em setembro.
A taxa média de juros no crédito total, que inclui operações livres e direcionadas (com recursos da poupança e do BNDES), foi de 21,1% ao ano em agosto para 21,6% ao ano em setembro. Em setembro de 2020, estava em 18,1%.
Isso faz com que o consumidor precise estar mais atento na hora de comprar um veículo. Matías Fernández Barrio, CEO e fundador da Karvi, marketplace que conecta concessionárias e compradores de carros, destaca que, mesmo em momento turbulento do mercado, é possível, sim, realizar bons negócios.
Ele lembra que os preços aumentaram na compra e na venda e hoje o parâmetro de tabelas referenciais também seguiram esta inflação, deixando o cliente que tem um veículo usado ou seminovo também com uma moeda de troca forte.
"Este é o momento sim, e o mercado está repleto de boas oportunidades de compra e troca. Em nossa plataforma diariamente orientamos centenas de consumidores a fazerem o melhor negócio dentro de suas expectativas de compra".