A empresária Anne Caroline Montenegro vinha amadurecendo a ideia de empreender no ramo de vestuário materno-infantil desde o nascimento da filha, que hoje tem cinco anos, mas só começou a operar oficialmente três meses antes da eclosão da pandemia.
Por essa razão, a aposta no digital foi fundamental para que o negócio frutificasse. Nesse meio tempo, veio o Pix e um breve intervalo em que houve flexibilização das atividades econômicas.
"Em dezembro de 2020, fui expor minha marca, a Castanhola, em uma feira da qual eu já havia participado antes da pandemia. Vi que uma colega e concorrente minha já estava usando o Pix e ali veio um primeiro 'start'. Mas no início da implantação dele ainda eram poucos que compravam assim".
"A gente era muito refém do dinheiro e do cartão. Com o Pix, no retorno das feiras, agora, o que eu percebo é que 60% das vendas são com ele. Tudo já é resolvido ali, na hora, e a gente até se despreocupa de levar troco. Muito dificilmente a gente vende a dinheiro".
Ela explica que no caso das vendas pelo Instagram, metade já é paga com Pix. "Só na loja na web que ainda não adotamos, pois tínhamos um contrato com um sistema de pagamento digital".
Outra vantagem são os outros públicos que vieram com a modalidade. "Muito por conta dos bancos digitais. Para você abrir uma conta em um 'banco oficial' é mais burocrático. A pessoa que já se acostumou a estar ali naquele ritmo mais ágil, já confia mais nos digitais".