Com previsão de movimentar 21 milhões de toneladas já em 2021, quando o volume de cargas de 2020 foi superado ainda em outubro, o Porto do Pecém deve ser o principal impactado pela nova área da Zona de Processamento de Exportação (ZPE) do Ceará.
Durante a inauguração da nova área, o governador Camilo Santana ressaltou o espaço ao mesmo tempo que apontou as empresas de rochas ornamentais como antigas e possíveis interessadas no que a ZPE do Ceará oferece.
Com a aprovação no Congresso do Marco Legal das ZPEs, onde o percentual obrigatório para exportação de 80% foi flexibilizado e empresas de serviços puderam ser incluídas entre os beneficiários das ZPEs, Camilo disse que deve se abrir mais oportunidades de negócios para a ZPE do Ceará - "a única em operação do Brasil."
"Isso impactava muito negativamente o investimento do empresário, que não sabia se ia ter essa entrada lá no exterior. Agora, vai melhorar bastante para incrementar mais indústrias por lá e gerar mais negócios", reforçou Marcos Soares, presidente do Centro Industrial do Ceará (CIC).
O presidente do Complexo do Pecém, Danilo Serpa, reforçou os esforços do terminal para oferecer a estrutura necessária, destacando o potencial já movimentado em 2021.
"Com incremento na ZPE, tem incremento no Porto, porque a relação das empresas se dá com ambos", adianta Carlos Alberto Nunes, gerente comercial da Tecer Terminais.
No entanto, assim como o governador, ele relaciona esse incremento diretamente com a captação das indústrias de hidrogênio verde. De acordo com o Camilo, inclusive, hoje, os 12 projetos, se confirmados, já ocupariam mil hectares dos 1,9 mil hectares da nova área.