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Investimento de empresas em startups cresce no Brasil
Economia

Investimento de empresas em startups cresce no Brasil

INOVAÇÃO| Em 2021, os aportes em Corpore Venture Capital (CVC) já passam de US$ 622 milhões no Brasil. O tema foi um dos destaques do 4Town, evento promovido pela Casa Azul
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Em 2021, a Casa Azul coordenou o 4Town, maior evento de inovação do Ceará, e que foi realizado no metaverso (Foto: Reprodução)
Foto: Reprodução Em 2021, a Casa Azul coordenou o 4Town, maior evento de inovação do Ceará, e que foi realizado no metaverso

Modelo de investimento que já movimenta bilhões de dólares internacionalmente, o Corporate Venture Capital (CVC) tem crescido no Brasil. A expressão, que significa capital de risco corporativo, é utilizada para falar da prática de grandes empresas que investem em startups como forma de garantir inovação e retorno financeiro com a melhoria de serviços. No Brasil, o modelo é cada vez mais aderido por mega corporações e anima empreendedores de startups.

Para o especialista neste modelo de investimento, Sandro Valeri, o CVC deve crescer nos próximos anos e se tornar uma das principais formas de investimento também no Brasil. Em 2021, fundos de CVC chegaram a US$ 622 milhões nos primeiros sete meses do ano no País. O dado é do estudo Corporate Venture Capital Report 2021.

Valeri foi um dos palestrantes no primeiro dia do 4Town, evento de inovação e empreendedorismo no Ceará, promovido pela aceleradora de startups do Grupo de Comunicação O POVO, a Casa Azul. O especialista ainda deu dicas sobre como negociar com grandes empresas e sobre o nível de dependência saudável do capital daquela corporação.

Para ele, a negociação com grandes empresas não é fácil, mas recompensadora. Caso a empresa faça bons negócios, um ciclo virtuoso é criado onde aquelas startups podem ter valor agregado e crescimento. Em troca, as corporações ficam com uma boa reputação e acesso facilitado às melhores inovações do ecossistema formado pelas startups.

O fundador da startup cearense AgendaEdu, Anderson Morais, que também participou do evento em um painel de debate sobre o ecossistema de startups, acredita que empresas maiores devem investir em negócios inovadores para “se manterem vivas dentro do mercado e continuar evoluindo”.

“Hoje a gente tem esse desafio de estar sempre em linha com o que o mercado consumidor está buscando e as mudanças estão cada vez mais rápidas. Então imagino que o CVC seja uma excelente alternativa para que você consiga se posicionar junto à inovação”, disse Anderson ao O POVO.

Agora que as empresas brasileiras estão aprendendo cada vez mais a investir como CVC, Sandro Valeri recomenda que empreendedores de startups tomem cuidado no momento de fechar grandes investimentos. Segundo ele, é necessário entender o quanto de influência a corporação deve ter no capital das startups.

Valeri recomenda que, de início, não mais de 10% de equity, ou patrimônio líquido, da startup advenha de recursos da grande empresa. Assim, o empreendedor continua com liberdade o suficiente para inovar e não depende da corporação para se manter. O especialista recomenda ainda que aqueles empreendedores que desejam entrar no cenário do CVC entendam bem sua estratégia, estruturando objetivos.

Ontem, o primeiro dia de programação do 4Town recebeu também Pedro Carneiro, da Ace Startups, para falar sobre a construção de ecossistemas que resultam no crescimento dos empreendedores. O evento continua hoje com a participação de nomes como Rodrigo Bravo, gerente de Parcerias Globais do Google, e de Ivo Dória, gerente do Google for Startups no Brasil.

 

inovaçãoEm 2021, os aportes em Corpore Venture Capital (CVC) já passam de US$ 622 milhões no Brasil. O tema foi um dos destaques do 4Town, evento promovido pela Casa Azul

Programação de hoje (26/11)

15:00 - Line Up Bogaboo Studio: "Criando experiências digitais em um mundo híbrido"

15:00 - Line Up King Host: "Como explorar sua presença digital e ter mais resultados"

16:00 - Line Up Amazon Web Services (AWS): "Tecnologias e tendências para startups tracionarem"

16:00 - Line Up Future Dojo: "Hardcore Learners: aprendendo a aprender"

Palestrante: Felipe Collins (CEo da Future Dojo, Partner da ACE Startups)

17:00 - Abertura no palco principal

Apresentação de Vagner Ancelmo

17:30 - Painel: "Onde estão nossos Devs?"

Mediação Instituto Atlântico - Nathalia Cavalcante

CTO - Edilson Filho (CTO da Workonect)

DEV/CTO - Paulo Abner Mesquita (CTO da Printeses)

DEV/CTO - Ricardo Galeno (CTO da Vem Quitar)

18:10 - Painel: "Prontos para inovar quando o mundo precisa"

Rodrigo Rodrigues (Gerente de inovaçâo da Janssen - Pharmaceutical companies of J&J)

18:50 - Networking

19:30 - Painel: "Alavancas para a transformação do futuro"

Rodrigo Bravo (Strategic Partner Manager at Google) e Ivo Doria (Program Manager at Google)

20:10 - Painel: "Construindo comunidades engajadas"

Palestrantes: a confirmar

21:00 - Painel: "Do mundo para Fortaleza"

 

Perfis dos palestrantes

Rodrigo Bravo: Gerente de Parcerias Globais do Google, Rodrigo ajuda negócios a crescer e evoluir a partir de inovações utilizando tecnologias de anúncio do Google. Já trabalhou com a estratégia digital de produtos na empresa Autopass S/A, de soluções no campo da mobilidade. É formado em engenharia mecânica pela Universidade Federal
de São Carlos.

Ivo Dória: Gerente do Google for Startups no Brasil e trabalhou por dois anos como coordenador de eventos no Coworking Cubo, do banco Itaú. É formado em Gestão de Turismo e tem MBA em Marketing Digital pela Faculdade de Informática e Administração Paulista (Fiap).

 

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