Apesar do clima festivo com os resultados do "Mesa Brasil' e das perspectivas positivas da Fecomércio-CE para dezembro e para o próximo ano, a proximidade do período eleitoral interno deve acirrar tensões, em um contexto de acusações mútuas de irregularidades, envolvendo os dois principais nomes cotados para a disputa: Luiz Gastão Bittencourt e Maurício Filizola.
O primeiro preside a entidade. Já Filizola esteve à frente da Fecomércio durante o licenciamento de Luiz Gastão para assumir um cargo na diretoria da Confederação Nacional do Comércio (CNC).
Gastão reassumiu a presidência em maio deste ano, em meio às divergências que ocorriam também dentro da CNC.
No mês seguinte, em carta aberta, Filizola anunciou o rompimento entre as duas lideranças e disparou uma série de críticas às primeiras medidas tomadas pela gestão que acabara de retornar ao comando da entidade, entre as quais, segundo ele, mudanças no organograma da Fecomércio e demissões de funcionários.
Acirramentos à parte, o fato é que as eleições estão mantidas para o próximo ano. Pelo menos essa é a aposta do presidente do Siindilojas (sindicato associado à Fecomércio), Cid Alves. "A eleição vai chegar, com carta ou sem carta, e tudo vai transcorrer bem. O importante é que as causas que a entidade encampa prossigam nessa mesma toada, nessa mesma dinâmica e nessa mesma intensidade que está havendo", defende.
Questionado ontem sobre o tema, o presidente da Fecomércio garantiu, por sua vez, que é candidato a um novo mandato e não teme a disputa. "Antes de mais nada, eu sou um democrata. Eu acho que quem quiser disputar, que dispute. Aliás, todos os mandatos que eu obtive até agora foram através de disputa e eu estou pronto pra disputar com quem quer que seja".