Outra empresa que investe na qualificação e contratação de profissionais pcd é a Natura, que atua no setor de cosméticos. A inclusão desses profissionais começou no início dos anos 1980, com a contratação de surdos para compor o quadro da empresa. Hoje, esses profissionais representam 7.3% do quadro de colaboradores. O número supera o exigido pela lei, que são 5% para empresas que tenham mais de mil empregados.
“Para garantir ainda mais a inclusão de profissionais com deficiência, temos um trabalho ativo com nossos gestores, explicando os diversos tipos de deficiência, quais restrições ela pode ter e adaptações necessárias, explica Milena Buosi, gerente de diversidade e inclusão da Natura.
Para avançar nesta inclusão, a empresa pretende destinar algumas vagas de gerência para esses profissionais até 2030.
Outro programa desenvolvido foi o apadrinhamento de surdos. Nele, empregados sem deficiência aprendem a Língua Brasileira de Sinais (Libras) para ajudar os colegas surdos a se comunicarem com os demais. Para casos onde o surdo deseje um pouco mais de privacidade, a empresa criou o “disque Libras”, onde o surdo se comunica usando um sistema de comunicação simultânea através do computador.
A companhia também investe na acessibilidade para seus clientes. Um dos exemplos é que a companhia coloca a descrição em Braille na embalagem de seus produtos desde a década de 1990, e disponibiliza catálogos acessíveis para vendedores pcd.