A próxima semana deve começar com mais assinaturas de memorando de entendimento entre o Governo do Ceará e empresas da área de energia, segundo adiantou o governador Camilo Santana e o secretário Maia Júnior (Desenvolvimento Regional e Trabalho). Uma das companhias cujo documento deve ser assinado no dia 13 de dezembro, segundo Maia, é brasileira com capital americano e voltada para a armazenagem de energia.
O secretário informou que a tecnologia é dinamarquesa e age a partir de um processo sinético, guardando o nome da empresa ainda sob sigilo. "Na hora de encontrar essa solução para acumular e usar a energia (gerada em parques eólicos e solares) em outros momentos vai ajudar muito o barateamento do custo de energia", explicou Maia, durante o almoço na Fiec.
Já o outro memorando planejado para segunda-feira é o 14º projeto de geração de hidrogênio verde no Estado. A empresa não foi citada por Camilo, mas a AES Brasil informou com exclusividade ao O POVO que vai assinar o documento nesta data. Mais um está planejado para janeiro, devido a agenda do investidor, e outros quatro estão em vias de assinatura, segundo Maia.
A companhia é uma subsidiária da AES Corporation, dos Estados Unidos, mas que já atua no Brasil com serviços, geração e armazenamento de energia, com sede em São Paulo.
Da mesma forma que o governador e o presidente da Fiec, Ricardo Cavalcante, destacaram o potencial do hidrogênio verde duplicar o Produto Interno Bruto (PIB) do Ceará em um médio prazo, Maia reforçou que o insumo deve se tornar a terceira maior riqueza gerada no mercado e energia nacional. "Depois do mercado livre, depois dos leilões de compra de potência de energia pela União, vai ser o maior mercado de energia e vai repercutir, primeiramente, no Nordeste", destacou.
O secretário observa que um terço do investimento de hidrogênio verde é de compra de energia para investir no processo de eletrólise (no qual é gerado o insumo) e a aquisição desses megawatts pode ser feita de qualquer parque. A possibilidade abre portas para geração de riquezas em outras regiões do Estado, segundo ele.