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Cenário melhora, mas não tanto
Economia

Cenário melhora, mas não tanto

Poupança
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Número de beneficiários do Auxílio Brasil é 8,4% maior que o total de empregos com carteira assinada no Estado (Foto: FERNANDA BARROS)
Foto: FERNANDA BARROS Número de beneficiários do Auxílio Brasil é 8,4% maior que o total de empregos com carteira assinada no Estado

O rendimento bruto da poupança subirá de 0,44% para 0,5% ao mês agora que o Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu elevar a taxa básica de juros a 9,25%. Apesar do rendimento mais alto, a poupança é uma das aplicações mais desvantajosas ao investidor.

Conforme regra estabelecida pelo Banco Central (BC), a poupança rende 70% da Selic mais a taxa referencial (TR) quando a Selic está abaixo de 8,5% ao ano. Acima disso, o rendimento é de 0,5% ao mês mais a TR, que está zerada. Nos cálculos do professor de Finanças da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Fábio Gallo, quem depositar R$ 1 mil hoje vai ter uma rentabilidade real negativa equivalente a R$ 43,64 daqui a 12 meses, considerando a inflação estimada.

Nesse sentido, o analista de investimentos da Arêa Leão é categórico em afirmar que "optar pela poupança não é bom em nenhum caso". Ele recorre a um fato histórico para pontuar que mesmo a sensação de segurança que muitos investidores têm nela é relativa. "Basta lembrar do confisco que ela sofreu durante o governo Collor", exemplifica.

Já Felipe Guerra, sócio da Messem Investimentos, observa que na medida em que as pessoas vão adquirindo maior educação financeira vão deixando de lado esse tipo de investimento, ainda muito arraigado na cultura brasileira. (Com Agência Estado)

 

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