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E a renda variável, como fica?
Economia

E a renda variável, como fica?

Em 2022
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Empreendedores precisam saber lidar com os diferentes tipos de investidores  (Foto: Agência Brasil)
Foto: Agência Brasil Empreendedores precisam saber lidar com os diferentes tipos de investidores

Quando 2021 começou, os juros no Brasil estavam no patamar mais baixo da série histórica, a fase mais aguda da primeira onda da pandemia tinha passado e havia uma expectativa de que a economia iria enfim deslanchar. E com ela, o mercado de ações. Não foi o que ocorreu. O Ibovespa - principal indicador da bolsa brasileira (B3) - acumula perdas de 9,18% em 2021 e de 5,01% em 12 meses. Porém, para os especialistas ouvidos por O POVO investir em ações ou em outros investimentos de renda variável não é necessariamente arriscar perder o dinheiro que se pretende aplicar.

Assim como também não dá para ficar rico da noite para o dia quando esse tipo de investimento está em alta. O segredo é saber quais são os seus objetivos e conhecer o seu perfil enquanto investidor.

"Não é que a renda variável seja boa ou ruim. É importante você ter clareza do seu papel nesse mercado. Se você é um especulador, vai buscar movimentos de curto prazo, que envolvem riscos um pouco maiores. Se você é um investidor, vai procurar se associar a boas empresas que estão negociando a preços baratos. Você tem ali empresas pagando até 20% dos seus lucros para os investidores, o que é o chamado dividendo. Esse é um patamar que poucas vezes se viu", exalta Felipe Guerra, sócio da Messem Investimentos.

João Lucas Pinheiro Frota, analista de investimentos da Arêa Leão, acrescenta que o investidor comum não deve arriscar agir como especulador no universo da renda variável.

"Nunca é bom tentar acertar o tempo do mercado porque a baixa de hoje pode se tornar a alta de amanhã e vice-versa. Tem vários fatores que podem provocar volatilidade. Então, acertar esse tempo não é simples. O que é recomendado para o investidor comum? Investir com frequência. Essa é a melhor solução para quem não vai acompanhar diariamente o mercado porque isso é algo muito complicado de se fazer", aconselha.

Especificamente falando sobre criptoativos, tipo de aplicação ainda cercado de muitos mitos, o analista avalia que esse é um mercado mais interessante para quem já tem certo conhecimento sobre como ele funciona e acredita nele, de fato, e não apenas para quem está visando ter altos rendimentos em um curto espaço de tempo.

"Esse mercado é uma montanha-russa. Para quem aguenta o risco e acredita nele vale investir, mas para quem está começando o melhor é investir em fundos que compram diversas moedas criptoativas, sem ficar presas a uma só, como o Bitcoin, por exemplo", recomenda João Lucas.

 

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