Logo O POVO+
Volume de serviços no Ceará registra maior alta do País
Economia

Volume de serviços no Ceará registra maior alta do País

IBGE| Em outubro, o indicador no Ceará subiu 1,4%, na contramão de 23 das 27 unidades federativas do País que fecharam o mês em queda. O volume de atividades turísticas também subiu 2,2%.
Edição Impressa
Tipo Notícia Por
Retomada dos números de visitantes e voos é o principal desafio para este ano, segundo a ABIH-CE (Foto: Barbara Moira)
Foto: Barbara Moira Retomada dos números de visitantes e voos é o principal desafio para este ano, segundo a ABIH-CE

O volume de serviços no Ceará fechou o mês de outubro com alta de 1,4% na série com ajuste sazonal, divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado vai na contramão de 23 das 27 unidades federativas que registraram queda no mês e a maior alta do País. O Índice de Atividades Turísticas no Estado também fechou o mês com crescimento de 2,2%

De acordo com a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), na série sem ajuste sazonal, no confronto com outubro de 2020, o volume de serviços no Ceará avançou 20,7%, a sétima taxa positiva consecutiva. No acumulado do ano, o indicador avançou 12,4%, frente a igual período de 2020. Já em doze meses houve crescimento de 5,1% em setembro para 8,1% em outubro deste ano.

Em relação a outubro do ano passado, houve expansão em todas os cinco grupos de atividades pesquisadas pelo IBGE. O maior crescimento foi observado no segmento de serviços prestados às famílias (37,9%) e o de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (24,9%).

 

Com destaque para o incremento de receita em hotéis; restaurantes; e serviços de bufê, no primeiro ramo; e impulsionados pelo aumento de receita das empresas de transporte rodoviário de cargas; transporte aéreo de passageiros; gestão de portos e terminais; rodoviário coletivo de passageiros; e navegação de apoio marítimo e portuário, no segundo setor.

No acumulado do ano, a pesquisa mostra que houve avanço em todas as cinco atividades abrangidas pela pesquisa do IBGE. Destaque para transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (24,1%) e informação e comunicação (9,6%). Os demais avanços vieram de serviços profissionais, administrativos e complementares (8,5%); de serviços prestados às famílias (8,0%); e de outros serviços (1,2%).

Resultado do Ceará destoa no País

O cenário observado no Ceará é diferente do que vem sendo observado no restante do País. Na média nacional a queda foi de 1,2%. Mas o maior impacto veio dos recuos das taxas do Rio de Janeiro (-3,2%), seguido por São Paulo (-0,5%), Rio Grande do Sul (-4,0%), Paraná (-2,1%) e Mato Grosso (-6,0%).

E, embora, no acumulado do ano, o volume de serviços no Ceará ainda esteja 1,4 pontos porcentuais abaixo da média Brasil (13,8%), o ritmo de recuperação no Estado vem se dando de maneira mais consistente, com menos solavancos. A partir do mês de julho, por exemplo, todos os indicadores cearenses foram melhores que os da média Brasil.

O processo de flexibilização das restrições impostas aos setores econômicos no Ceará que ocorreu de maneira mais tardia que em outros locais explica em parte esse cenário mais favorável agora.

Além disso, na avaliação do conselheiro do Conselho Regional de Economia do Ceará (Corecon-CE), Fábio Castelo Branco, o avanço da vacinação no Estado tem impulsionado a retomada do turismo que tem peso importante no setor de serviços e no perfil econômico do Ceará. 

 

“Pode-se ressaltar que o setor de turismo teve uma grande representatividade para que esse número fosse positivo no Estado. Nos últimos meses, com o aumento das pessoas imunizadas, fez com que a demanda turística para nosso Estado, principalmente, para capital Fortaleza, tivesse um aumento. E com isso, o Ceará pôde alcançar esse patamar mais elevado se comparado ao País”, explica.

Neste ponto, o Índice de Atividade Turísticas, medido pelo IBGE, mostrou que o volume de atividades no Ceará cresceu 2,2% em outubro, frente ao mês de setembro. Foi o segundo melhor desempenho do Brasil. Atrás apenas de Espírito Santo (3,5%). Regionalmente, seis dos 12 locais pesquisados pelo IBGE acompanharam o movimento de expansão nacional (1,0%).

Em sentido oposto, Bahia (-7,2%) e Distrito Federal (-10,1%) tiveram os resultados negativos mais importantes do mês.

Impacto

No Brasil, o recuo de 1,2% do volume de serviços em outubro foi acompanhado por quatro das cinco atividades investigadas. A única a registrar alta no período foi serviços prestados às famílias (2,7%)

 

O que você achou desse conteúdo?