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Eventos em ritmo acelerado e comércio em marcha lenta
Economia

Eventos em ritmo acelerado e comércio em marcha lenta

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Instabilidade econômica ameaça retomada do consumo (Foto: Bábara Moira)
Foto: Bábara Moira Instabilidade econômica ameaça retomada do consumo

Talvez integrando o último segmento a ter suas atividades autorizadas, as empresas de eventos correm contra o relógio para dar conta do número de festas, congressos e até shows adiados por conta da pandemia, enquanto busca atender a demanda reprimida.

Apenas no fim de junho, foram autorizadas as primeiras reuniões de trabalho de maior porte e, somente no fim de outubro, foi estabelecido um cronograma de ampliação de público específico, considerando a necessidade de antecedência com que trabalha esse ramo.

Segundo a presidente do Sindicato das Empresas Organizadoras de Eventos e Afins do Ceará (Sindieventos-CE), Circe Jane da Ponte, "essa grande indefinição que havia antes foi o maior problema para os empresários da nossa cadeia produtiva, que não sabiam se podiam agendar um evento para uma determinada data". Até o próximo dia 31 de dezembro, os eventos podem contar com 2,5 mil pessoas em ambientes fechados e 5 mil em ambientes abertos, inclusive, no Réveillon.

Em direção oposta, o comércio acumulava em outubro ligeira retração de 1%, após chegar a 15,1% de alta em maio e apresentar desaceleração nos meses que se seguiram. Conforme o presidente da Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL) de Fortaleza, Assis Cavalcante, no entanto, o fenômeno é histórico e decorre das datas importantes que ocorrem no segundo quadrimestre como o Dia das Mães, o Dia dos Namorados e o Dia dos Pais, bem como as férias.

Apesar disso, ele demonstra preocupação com o cenário atual e futuro, diante da instabilidade econômica. "As vendas não foram tão boas na Black Friday e agora em dezembro o Papai Noel tardou a aparecer. As pessoas não tiveram medo da vacina, como alguns previam, mas têm da inflação e do desemprego, que ainda atinge mais de 13 milhões de pessoas no País. Os R$ 400 do 'Auxílio Brasil' podem fazer diferença, mas isso precisa ser consolidado ainda".

 

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