Há 15 anos, a psicóloga de formação Alda Iodes deu um passo (quase) completamente diferente em sua carreira profissional e montou junto com a irmã, a Alfa Eventos, atuando como cerimonialista e empresária.
"Antes, eu trabalhava na área organizacional, dentro do setor de Recursos Humanos e sempre esteve ligada a mim a questão dos eventos. Então, sempre estive à frente das confraternizações, das datas comemorativas e isso começou a instigar essa vontade de conhecer um pouco melhor o setor de eventos, principalmente os sociais", relembra Alda.
Ela acrescenta que "nesse período de pandemia, nós tivemos que administrar muitas coisas. Dentre elas, toda a questão financeira porque nós passamos um ano e sete meses parados. Nós tínhamos vários casamentos por realizar e, de repente, você não sabe como vai ser. A noiva espera que você dê um direcionamento. Então, esse trabalho foi um dos maiores desafios que nós tivemos. Lidar com a dúvida e a incerteza que se espalhou por todo o mundo".
Alda conta que teve de adaptar uma série de coisas, tanto antes da autorização para retomar as atividades, quanto depois, com o acúmulo de casamentos e outros tipos de eventos em um curto espaço de tempo. Ela destaca a história de um casal de médicos que morava no interior do Estado e que fez um evento praticamente virtual, com apenas oito pessoas no local da cerimônia e transmissão pela internet para os demais convidados.
"Teve ainda uma noiva que precisou remarcar a data cinco vezes e já estava quase desistindo, mas nós conseguimos trabalhar com ela o sentido da ressignificação e do quanto era importante aquele momento dela com as pessoas que amava e que estavam vivas, em meio a uma pandemia que vitimou tanta gente", relembrou a empresária e cerimonialista.
Outro desafio foi reduzir o tamanho das festas e até realizar "desconvites". Alda conta que nunca tinha feito isso, por exemplo. "Muitas pessoas tinham casamento programado para 300 pessoas, antes da pandemia, e a noiva precisou fazer para 100 por conta das restrições de público, mas as pessoas compreenderam".
Quanto aos contratos firmados após a reabertura, Alda afirma que eles aconteceram em um patamar acima do esperado. "É uma demanda reprimida muito grande. Por exemplo, a gente está fazendo muitas festas de '15 1'. São jovens que perderam a oportunidade de fazer uma festa de 15 anos, mas não perderam a vontade de comemorar", exalta.