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Ceará começa 2022 com queda de preço dos combustíveis; confira valores
Economia

Ceará começa 2022 com queda de preço dos combustíveis; confira valores

Com média de preço de R$ 6,75 pelo litro da gasolina e de R$ 5,64 pelo álcool, Ceará mantém tendência de queda registrada em dezembro de 2021
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 Ano 2022 mantém tendência de redução no preço dos combustíveis e litro da gasolina e álcool ficam mais baratos  (Foto: Thais Mesquita)
Foto: Thais Mesquita  Ano 2022 mantém tendência de redução no preço dos combustíveis e litro da gasolina e álcool ficam mais baratos

O ano de 2022 começou com uma boa notícia para os motoristas cearenses. O levantamento semanal da Agência Nacional do Petróleo (ANP) divulgado nesta terça-feira, 4 de janeiro, mostra uma tendência de queda no preço médio do litro da gasolina comum e do etanol hidratado, o álcool veicular, no Estado.

Mesmo com as reduções, o preço médio do litro da gasolina no Ceará é de R$ 6,75. Valor é o terceiro maior entre os nove estados da região Nordeste do Brasil, atrás apenas de Rio Grande do norte, onde o litro da gasolina é vendido em média por R$ 6,95 e do Piauí, segundo maior preço da região, com patamar médio de R$ 6,82. 

Com relação ao álcool veicular, o motorista no Ceará pagava em média R$ 5,73 na primeira semana de dezembro do ano passado por um litro de etanol. Mas após quatro semanas de redução, o combustível inicia 2022 custando em média R$ 5,64, sendo vendido por valores entre R$ 5,19 e R$ 6,29 nos postos de combustíveis no Estado. 

Valores representam o terceiro patamar mais caro em vigor no Nordeste, sendo superado apenas pelo Maranhão, onde o preço médio pago pelo litro do álcool é de R$ 5,71 e pela preço médio do Rio Grande do Norte, de R$ 5,68. Ainda assim, o posto de combustível com o litro do álcool mais caro entre os nove estados do Nordeste está no Ceará, no município de Crateús e pratica o preço de R$ 6,29.

Enquanto o litro da gasolina é vendido por valores entre R$ 5,99 e R$ 7,12. A pesquisa da ANP leva em consideração o monitoramento de 192 postos de combustíveis em 11 cidades cearenses. Com base em dados coletados entre os dias 27 de dezembro de 2021 e 1º de janeiro de 2022, a cidade com litro da gasolina mais caro no Ceará é Itapipoca, onde o produto é vendido por até R$ 7,12.

O posto de combustível com valor mais em conta para o litro da gasolina comum encontrado fica em Sobral, com preço de R$ 5,99. A pesquisa destaca ainda que os postos sobralenses tem uma variação média de preço de R$ 0,29 para mais ou para menos no valor cobrado pelo litro da gasolina. 

Na Capital, o preço do combustível varia entre R$ 6,39 e R$ 6,99. No Estado, com quatro semanas consecutivas de quedas, o preço médio da gasolina no Ceará ficou R$ 0,20 mais barato, saindo de R$ 6,95 entre os dias 5 e 11 de dezembro de 2021 para preço cobrado atualmente. 

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Enquanto o litro da gasolina e do etanol iniciam o ano de 2022 com queda no Ceará, o preço do botijão de 13kg do Gás Liquefeito de Petróleo (GLP), o gás de cozinha, entra no novo ano em estabilidade e mantém o patamar elevado registrado ao longo de 2021. 

No Estado, o produto é comercializado por valores entre R$ 90 e R$ 115, tendo preço médio de R$ 104,12. As informações fazem parte do mais recente levantamento de preços da Agência Nacional do Petróleo (ANP) divulgado nesta terça-feira, 4 de janeiro.

A pesquisa leva em consideração os valores cobrados entre os dias 26 de dezembro de 2021 e 1º de janeiro de 2022 em 120 pontos de venda em 11 municípios cearenses. Conforme a ANP, o preço do gás de cozinha varia em média R$ 5,13 para mais ou para menos, dependendo do local de compra, sendo a segunda maior variação encontrada no Nordeste, atrás apenas de Pernambuco onde a variação média de preço é de R$ 6,64.

O gás de cozinha mais caro do Ceará é encontrado no município de Caucaia, Região Metropolitana da Capital, onde o preço do produto varia entre R$ 95 e R$ 115. Em Fortaleza, o gás é comercializado a partir de R$ 93, com máximo encontrado de R$ 114. O botijão mais barato do Estado foi encontrado em Maracanaú, custando R$ 90.

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No comparativo regional, dos nove estados do Nordeste, quatro (Maranhão, Piauí, Rio Grande do Norte e Pernambuco), o gás de cozinha chega a custar até R$ 120. Em outros três estados, sendo eles Ceará, Bahia e Paraíba, o valor máximo encontrado foi de R$ 115. Destoando do padrão da região, o gás de cozinha é vendido por no máximo R$ 105 em Alagoas e por R$ 100 em Sergipe.

Bolsonaro barra venda direta de etanol, mas diz que veto não impede operação

O presidente Jair Bolsonaro vetou a venda direta de etanol das usinas para os postos de combustíveis em lei publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta terça-feira, mas alega que, na prática, a negativa não impede as operações. A permissão é um dos pontos do projeto de lei de conversão da Medida Provisória 1.063/2021, editada em agosto por Bolsonaro para autorizar postos de combustíveis a comprarem etanol hidratado diretamente de produtores ou importadores, sem a necessidade da intermediação de distribuidoras.

O texto que saiu do Congresso, no entanto, acrescentou um trecho ao artigo original da MP que estendeu essa permissão às cooperativas de produção ou comercialização de etanol e às empresas comercializadoras do combustível ou importadores. Com isso, Bolsonaro rejeitou dois pontos do projeto: aquele que permitia ao produtor negociar diretamente com distribuidores, revendedores varejistas de combustíveis, transportadores e mercado externo e um outro que liberava o revendedor a adquirir etanol hidratado desses fornecedores.

Em nota distribuída à imprensa, a Secretaria-Geral da Presidência da República afirmou que os vetos não impedirão as operações de venda direta de etanol, "uma vez que tal assunto poderá ser normatizado pela ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), que já disciplinou essa matéria por meio da Resolução nº 855, de 8 de outubro de 2021".

De acordo com as razões do veto apresentadas pelo governo, essas cooperativas já são beneficiadas com a redução a zero da base de cálculo de PIS/Pasep e Cofins. Nesse sentido, diz a mensagem enviada ao Congresso, ainda que a lei determine que, na venda direta, as alíquotas de PIS/Pasep e Cofins sejam elevadas, as bases de cálculo estariam reduzidas a zero. "Assim, a proposição legislativa contraria o interesse público e incorre em vício de inconstitucionalidade, por criar uma renúncia fiscal sem a devida previsão orçamentária e por distorcer a concorrência setorial".

Na nota, a pasta ressalta que restou sancionada a parte do projeto que muda a sistemática de cobrança de PIS/Cofins para evitar perda de arrecadação e distorções competitivas, tanto ao importador, caso exerça função de distribuidor, quanto ao revendedor varejista que fizer a importação, que deverão pagar as respectivas alíquotas de PIS/Cofins devidas.

Também está na nova lei a parte que permite a revenda varejista de gasolina e etanol hidratado fora do estabelecimento autorizado. A permissão, porém, é limitada ao município onde se localiza o revendedor varejista autorizado, na forma de regulação pela ANP.

Opep+ confirma manutenção de plano para elevar oferta de petróleo em fevereiro

Os integrantes da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) reafirmaram, nesta terça-feira, 4, a intenção de aumentar em 400 mil barris por dia (bpd) a produção da commodity em fevereiro, conforme plano acertado em julho do ano passado.

Em comunicado após reunião ministerial, o cartel explicou que o mecanismo de compensação será estendido até junho de 2022. A data representa o prazo final para que países que descumprirem as cotas de oferta compensem o volume excedido.

Pelo acordo em vigor, o grupo deve decidir a cada mês se continua com o cronograma de avanço da produção estabelecido. O próximo encontro foi agendado para 2 de fevereiro.

Após a notícia, por volta das 11h40 (de Brasília), o barril do petróleo WTI para fevereiro subia 0,99%, a US$ 76,84, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o do Brent para março avançava 1,11%, a US$ 79,87, na Intercontinental Exchange (ICE).

Previsão

A Capital Economics avalia que a Opep+ manterá a estratégia nos próximos meses, elevando sua produção, enquanto o crescimento na demanda deve se normalizar. Nesse quadro, a consultoria afirma em relatório a clientes que os preços do petróleo devem ficar sob pressão de baixa. Ela projeta que o barril do Brent chegue ao fim deste ano em US$ 60, de cerca de US$ 80 atualmente.

Segundo a Capital Economics, a elevação de 400 mil barris por dia (bpd) de hoje era bastante esperada, confirmando o acordo já em vigor entre os países, por isso a reação contida nos mercados. Por enquanto, a variante Ômicron da covid-19, apesar de ser altamente transmissível, não provoca os mesmos níveis de hospitalização e mortes de outras cepas. "Como resultado, em sua maioria, governos não impuseram lockdowns disseminados ou restrições de viagens, o que conteria de modo significativo a demanda por petróleo."

Ao mesmo tempo, a consultoria lembra que a produção da Líbia mostra recuo forte recente, com distúrbios civis e a manutenção da infraestrutura dos oleodutos. Nas próximas semanas, a produção desse país deve recuar cerca de 500 mil a 600 mil bpd, prevê a Capital, o que mais que compensa a alta planejada pela Opep+. "Na verdade, caso isso se sustente, a falta de abastecimento da Líbia poderia mesmo levar a pedidos por altas maiores na produção da Opep+", considera.

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