A produção de camarão no Brasil foi abalada no início da última década com a chegada da mancha branca nos criadouros. Não ofensiva aos humanos, o vírus causou grandes perdas de produtividade aos criadores. Mas, com avanço das pesquisas e melhores técnicas de manejo, a produtividade aumentou e o vírus não assusta mais.
Antônio Albuquerque, engenheiro do Instituto Centro de Ensino Tecnológico (Centec), explica que esse trabalho tem permitido a convivência dos camarões com a mancha. Ele explica que os grandes produtores investem grandes quantias em estudos.
Outros projetos, em parceria com universidades, também têm permitido a troca de experiências com produtores menores, além de cursos e análises periódicas dos sinais clínicos do camarão para definir o melhor manejo. Para ele, o desafio é ampliar essas ações na mesma velocidade em que a atividade cresce no Estado. Estima-se que hoje 75% dos produtores sejam pequenos, a maioria sem registro. "É preciso mais extensões aquícolas chegando junto desses pequenos produtores, principalmente aqueles do Vale do Jaguaribe, que eram pessoas que produziam leite. É importante termos um cultivo tecnificado".