O setor de pesca do Ceará se mostra pujante e uma das apostas do agronegócio. No que se refere às exportações, em 2021, o desempenho dos pescados, lagosta e atum cresceram de forma expressiva no ano passado em comparação com 2020, de acordo com os dados da Balança Comercial. O principal destaque fica por conta da exportação de conserva de pescados, com crescimento de 147%.
"Temos uma forte indústria conserveira instalada no Ceará, que embala e vende principalmente para os Estados Unidos. Agora, temos um trabalho mais bem acabado e de maior valor agregado. A economia do mar no Estado todo vive um momento muito bom, a indústria pesqueira e também a estrutura de pesca e portuária, com dois portos com resultados forte", enfatiza o secretário executivo do Agronegócio da Sedet, Sílvio Carlos Lima.
Ele destaca ainda que a implantação do investimento da Campex, na área do Cais Pesqueiro do Mucuripe, no complexo do Porto de Fortaleza, deve ser inaugurado neste ano. No equipamento será processado lagosta em embalagens específicas e o principal mercado consumidor serão países da Ásia e Oceania.
Em relação ao mercado interno, o presidente da Faec, Amilcar Silveira, destaca o potencial de ampliação da produção de proteínas no Ceará, com foco no mercado consumidor cearense. "Hoje o preço médio do camarão está mais barato que um filé, por exemplo. E nem vamos tão longe, mais barato que a carne de carneiro. Então, é muito barato e queremos que o camarão seja um prato diário na mesa do cearense", destaca.
No que se refere ao potencial de consumo, acrescenta que 48% da carne de frango consumida aqui vem de fora. E, em tempos de proteínas mais tradicionais, como carne bovina e frango mais caros, os pescados e o camarão podem ser alternativa. "Não estamos conseguindo atender o mercado interno. Precisamos produzir aqui, cada vez mais processar aqui e assim gerar emprego."