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Faec mira novas indústrias leiteiras para o Ceará
Economia

Faec mira novas indústrias leiteiras para o Ceará

| AGRONEGÓCIO | O objetivo é impulsionar a demanda dos pequenos produtores de leite e das demais etapas da cadeia produtiva no Estado
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CEARÁ tem aproximadamente 73 mil produtores de leite (Foto: Aurélio Alves)
Foto: Aurélio Alves CEARÁ tem aproximadamente 73 mil produtores de leite

Um grupo de empresários do agronegócio cearense está em viagem de prospecção de negócios na Bahia. O grande objetivo é atrair novas indústrias de laticínios para o Ceará. Liderada pelo presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará (Faec), Amilcar Silveira, ao todo, a comitiva deve conversar com seis empresários naquele estado.

O primeiro contato foi com a segunda maior agroindústria de laticínios do Nordeste, a Laticínios Davaca, do empresários Lutz Viana. A questão do benefício fiscal é um dos grandes desafios para essa empreitada. Em sua planta industrial de beneficiamento de leite e produção de queijo na Bahia, a Laticínios Davaca tem acesso a benefício de zero de cobrança de ICMS.

Esse quadro, porém, não desanima Amílcar, que espera que o Governo do Ceará ofereça condições competitivas para o empreendedor, que agendou para fevereiro visita técnica ao Ceará para iniciar os estudos de viabilidade.

"Não foi conversado ainda essa questão específica de quanto de incentivo fiscal, mas esperamos que seja oferecido o mesmo patamar de benefícios que outras indústrias instaladas no Ceará têm. A ideia é aumentar a produção dos 2 milhões de litros de leite por dia e queremos aumentar entre 20% e 30%".

Ele ainda destaca que a viagem, além de foco nas indústrias, também prevê a legalização de pequenos produtores no Ceará. "Temos 73 mil proprietários no Ceará produzindo leite, atualmente produzindo aquém do potencial, as queijeiras não são legalizadas. A ideia é que todas sejam legalizadas. A perspectiva de emprego é gigante com a instalação de uma indústria como essa, pois ela precisa de pelo menos 2 mil fornecedores", estima.

"A ideia é que a gente lance também outros derivados de queijo, do Ceará, produtos típicos nossos. Além de produtos com identidade geográfica que estamos tentando desenvolver. O princípio é tentar ajudar o produtor do Ceará a ter compradores do seu leite num possível aumento de produção que deve ocorrer a partir de um bom inverno, que é o que esperamos para 2022."

 

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