A corretora de imóveis Alexsandra Morais, de 47 anos, foi alvo de cibercriminosos que estavam de posses de importantes dados bancários dela, tais como senha, login de usuário e até o nome da gerente que a atendia costumeiramente. O caso ocorreu no início do mês de dezembro do ano passado.

"Era fim de tarde, pouco depois das 16 horas, quando eu fui fazer um pagamento via internet pelo meu computador e não consegui ter acesso à minha conta, como se ela estivesse bloqueada. Quase imediatamente recebi uma mensagem no meu WhatsApp com o timbre do banco se identificando como sendo a minha gerente", relembra.

Ela prossegue o relato contando que a pessoa que se passou pela gerente bancária dela disse em seguida que ajudaria no processo de desbloqueio, mas que esse precisaria ser feito em um caixa eletrônico.

"Eu tinha que pagar um boleto naquele dia, se não eu teria de pagar juros. Então, concordei e fui até um bem próximo da minha casa com o meu cartão. Lá a pessoa ficou se comunicando por mensagem de WhatsApp e me dizendo o passo a passo para que eu pudesse desbloquear. Na hora que desbloqueou a pessoa sumiu, o timbre do banco sumiu e em pouco tempo recebi uma notificação de SMS sobre uma transferência via Pix de R$ 3 mil na minha conta pessoa jurídica e outra de R$ 220 na minha conta pessoa jurídica. O prejuízo só não foi maior porque era fim de mês", avalia.

Para agravar a situação, Alexsandra conta que levou o caso presencialmente ao conhecimento da gerente dela que a recomendou abrir um Boletim de Ocorrência (B.O) , antes de dar entrada em uma solicitação de estorno junto ao próprio banco. "No dia seguinte eu voltei ao banco para entregar o B.O, ela mostrou o nome da pessoa que havia feito o Pix e disse que o caso seria analisado e, em dez dias eu teria uma resposta, mas passado esse período foi negado o meu pedido", lamenta.