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Quantidade de imóveis financiados no Ceará cresce 105% em 2021
Economia

Quantidade de imóveis financiados no Ceará cresce 105% em 2021

Volume de unidades financiadas no Estado deu salto de 7,5 mil em 2020 para mais de 15,5 mil no fechamento do ano passado, segundo a Abecip. Valor financiado subiu 66% e teve aporte de R$ 3,35 bilhões
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Situação preocupa incorporadoras, que veem o risco de novas rescisões, prejuízos e clima de insegurança para investimentos em novos projetos (Foto: JÚLIO CAESAR)
Foto: JÚLIO CAESAR Situação preocupa incorporadoras, que veem o risco de novas rescisões, prejuízos e clima de insegurança para investimentos em novos projetos

A quantidade de imóveis financiados no Ceará em 2021 deu salto de 105%, saindo de 7,5 mil para 15,5 mil. No período, o aporte em crédito imobiliário alcançou o maior patamar histórico e bateu R$ 3,35 bilhões aplicados por meio do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), o que representa também avanço de 66% no crédito imobiliário entre 2020 e 2021.

Os dados fazem parte do balanço anual da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), e revelam que o aumento do Ceará no SBPE segue a mesma linha do resultado nacional, que apresentou alta anual de 103%.

No País, as operações de crédito imobiliário atingiram o recorde histórico de R$ 255 bilhões em 2021. Os financiamentos do SBPE alcançaram R$ 205 bilhões, enquanto o montante financiado pelo Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) atingiu R$ 49 bilhões. Do financiamento para o consumidor, R$ 110,3 bilhões foram para a compra de imóveis usados, alta de 66% em um ano. Os imóveis novos receberam R$ 54,5 bilhões, alta de 98% no mesmo período.

Para o presidente da Abecip, José Ramos Rocha Neto, o recorde histórico do SBPE é um indicador da força desta modalidade de crédito concedido em operações de maior valor agregado e de longa duração, mesmo em período em que a taxa básica de juros (Selic) seguiu trajetória de alta. As expectativas para 2022 também são favoráveis. Rocha Neto destaca que este ano "deverá ser um ano muito bom" para o crédito imobiliário, estabilizando a concessão de recursos num patamar elevado, fazendo com que este ano seja “o segundo melhor ano da história do SBPE”.

Olhando para o mercado nordestino e as perspectivas de recuperação dos financiamentos com recursos do FGTS - que apresentaram queda de 9% em 2021, Rocha Neto diz que o Nordeste deve apresentar patamares de crescimento parecido com regiões com mercado imobiliário mais maduras, do Sudeste e Sul.

Segundo previsão da Abecip, para 2022 existe a expectativa de crescer 2% em aplicação de crédito imobiliário e chegar a 260 bilhões. O que deve puxar esse crescimento é a estabilização do SBPE num patamar de R$ 195 bilhões aplicado, que representa uma queda de 5%, mas que seria, de longe, o segundo melhor resultado da história. A associação ainda prevê a recuperação do FGTS em 30%, chegando a aporte de R$ 64 bilhões, retomando o patamar financiador de meados de 2016. Vale ressaltar que o FGTS é o principal funding para financiamentos pelo programa governamental Casa Verde Amarela.

"Olhando o desempenho como um todo, o Nordeste tem uma perspectiva de futuro na construção civil e no setor de financiamento imobiliário que tem potencial e capacidade de ter o mesmo nível de crescimento nas regiões Sudeste e Sul, que são as que possuem os maiores PIBs do Brasil. Estamos otimistas e com esses montantes até maiores do que em 2021 sendo destinados para o FGTS, certamente teremos incorporadoras especializadas nesse tipo de produto, então teremos público e funding suficiente para uma atender essa expansão", afirma.

Como se organizar para comprar seu imóvel | Dei Valor

CGI

De acordo com a Abecip, outra modalidade de financiamento que também cresceu foi o Crédito com Garantia de Imóvel (CGI), que registrou variação positiva de 29%, em relação
a 2020

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