Diferentemente do observado no cenário nacional, a desigualdade de rendimento entre famílias chefiadas por homens ou por mulheres teve queda na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF) durante a pandemia. Mas ainda se mantém em um patamar bastante elevado.
Enquanto no 3º trimestre de 2019, uma família chefiada por homens tinha rendimento médio mensal per capita 1,85 vezes maior, no 3º trimestre de 2021, essa mesma razão caiu para 1,69, ainda acima da média do Brasil que é de 1,6 vezes. Contudo, na maioria das metrópoles, houve aumento na desigualdade, uma vez que em 2019, o rendimento médio mensal per capita em famílias chefiadas por homens era 1,47 vezes maior no País.
Para o pesquisador da PUCRS, André Salata, no caso da RMF a causa mais provável para essa redução da desigualdade é a dinâmica do mercado de trabalho local. "No âmbito nacional, as mulheres estão mais presentes no mercado informal e no setor de serviços que os homens, mas se você tem, também entre os homens, uma informalidade e uma presença nesse setor tão altas quanto as verificadas entre as mulheres, isso acaba afetando de modo mais igualitário os dois gêneros", avalia.