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Huawei e IFCE formarão 5 mil profissionais para expansão da fibra ótica no Ceará
Economia

Huawei e IFCE formarão 5 mil profissionais para expansão da fibra ótica no Ceará

| Qualificação| O programa visa atender, prioritariamente, os jovens "nem-nem", que não estudam e também não trabalham
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 (Foto: Divulgação)
Foto: Divulgação

A multinacional Huawei e o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE) irão capacitar profissionalmente até 5 mil jovens até o fim de 2022 em ação social com intuito de atender demanda do mercado por mão-de-obra qualificada para instalação de redes de fibra ótica.

Informações foram repassadas com exclusividade ao O POVO. Ação será direcionada para jovens "nem-nem", que não estudam e também não trabalham, como forma ajudar na inserção social deste público no mercado.

"É uma ação de impacto social, econômico, de inclusão, de acesso à emprego, fomento ao empreendedorismo. É dar a esperança da primeira vitória para jovens que sempre têm um nem-nem-nem. Nem tem acesso ao mercado de trabalho, nem a uma formação adequada, e nem sentem mais vontade de tentar", destaca Wally Menezes, professor reitor do IFCE. 

A capacitação ocorrerá de forma online, gratuita e será baseada em metodologia de ensino, material e infraestrutura desenvolvida em parceria com a Huawei, que cedeu ainda em 2021, um laboratório de fibra ótica ao IFCE e outros 11 para instituições de formação acadêmica e centros de pesquisas no Brasil.

O intuito, conforme a multinacional é abastecer o mercado com profissionais qualificados para garantir a expansão e desenvolvimento no setor de telecomunicações. "Será um curso focado na necessidade de mercado, uma resposta rápida para a necessidade das empresas. Conseguimos estruturar uma logística na experiência real das empresas, com tecnologias e certificação internacionais, permitindo ampla atuação no mercado", pontua o reitor do IFCE. A formação contempla ainda perspectivas de empreendedorismo no ambiente de telecomunicações. 

Tecnologia cearense

A primeira turma da iniciativa deverá ser formada ainda este mês, com alunos de todo o Nordeste. O intuito é potencializar a capacitação profissional com o modelo de ensino e pesquisa desenvolvido no Ceará. "Não se resume somente à capacitação, com um time bem capacitado podemos evoluir rapidamente. As tecnologias não são para máquinas, são para pessoas, é com a conectividade que surgem unidades de saúde, de segurança, empresas, melhorias na qualidade de vida", pontua Wally.

A ausência de mão-de-obra qualificada é vista como um gargalo para expansão dos investimentos no setor, argumentam os representantes do IFCE e da Huawei. Até o fim de 2024, conforme relatório da Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação, serão necessários cerca de 750 mil profissionais para abastecer o mercado de instalação e manutenção de redes de fibra ótica no Nordeste.

"Nosso papel aqui é sempre continuar trazendo, não somente tecnologia, mas também o que tem de mais de novo no mercado, atraindo mais pessoas para esse mercado, novos investidores, fazendo com que as empresas locais tenham acesso a essa mão de obra qualificada e possam seguir investindo", argumenta Bruno Zitnick, diretor de relações publicas da Huawei.

Ele reforça que, em 2020, a multinacional já havia feito um aporte de R$ 40 milhões em projetos de pesquisa e inovação científica no setor de tecnologia da informação no Brasil. "Uma vez que as pessoas mais remotas possuem novas conectividade, isso fomenta o mercado de trabalho e o mercado produtivo. Com conectividade nós conseguimos evoluir, como pessoa e também como sociedade."

 

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