O ritmo de aberturas de novas lojas no comércio, repondo o saldo negativo de 2020, mostra que o segmento está se recuperando bem do baque inicial da pandemia. Segundo o diretor da Academia Cearense de Economia e membro do Conselho Regional de Economia do Ceará, Ricardo Coimbra, oferta de crédito e a digitalização dos processos foram fatores primordiais para isso.

No que se refere ao crédito, ele cita a criação de alguns mecanismos no âmbito estadual (Ceará Credi) e em Fortaleza (Nossas Guerreiras), além do programa de microcrédito urbano do Banco do Nordeste. "Esse crédito beneficiou principalmente o pequeno e o micro empresário, que movem realmente a economia. Se em 2020 várias lojas fecharam, em 2021, vimos o movimento contrário."

Para ele, esse movimento é benéfico para a economia cearense, que tem 70% da sua produção de riquezas ligada ao comércio e serviços. "Em 2021 tivemos a retomada mais significativa das atividades, que gerou uma expectativa de crescimento contínua, e, com a abertura de lojas físicas e virtuais em torno de disso, além do direcionamento das pessoas que ficaram desempregadas e buscaram alguma forma de renda empreendendo".