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Ceará perde 1,5 mil postos de trabalho formal em janeiro
Economia

Ceará perde 1,5 mil postos de trabalho formal em janeiro

| Mercado de trabalho | É o segundo mês consecutivo que o Estado demite mais do que contrata, segundo dados do Ministério da Economia
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Comércio foi o que mais demitiu em janeiro de 2022 (Foto: Thais Mesquita)
Foto: Thais Mesquita Comércio foi o que mais demitiu em janeiro de 2022

O mercado de trabalho no Ceará começa o ano de 2022 com saldo negativo na geração de empregos. Em janeiro, o Estado computou 40.658 contratações e 42.166 demissões, com isso, o Ceará demitiu mais do que contratou e registrou no primeiro mês do ano o fechamento de 1.508 postos de trabalho. É o segundo mês consecutivo em que o Ceará computa fechamento de vagas de emprego após aumento nas demissões. 

Os números significam que Ceará encerrou janeiro com um número menor de empregos do que o registrado no começo do mesmo mês. Os dados foram revelados na manhã de ontem, 10 de março, com base na pesquisa mensal do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), elaborado pelo Ministério da Economia. Em novembro de 2021, o Estado havia computado a criação de 12.653 postos de trabalho, em dezembro, porém, 1.103 postos foram fechados, sendo a tendência de fechamento mantida em janeiro de 2022.

O encolhimento do mercado de trabalho no Ceará foi influenciado em especial pelo desempenho do comércio, que demitiu 2.586 profissionais em janeiro deste ano.

O setor de prestação de serviços não classificados também teve forte redução no número de vagas, com 1.629 demissões no primeiro mês do ano. A indústria geral do Estado registou 21 desligamentos, enquanto o setor de agropecuária, pesca e aquicultura, 366. Em contraponto, o destaque para as contrações no Estado durante o mês de janeiro foi o setor de serviços, com 1.398 admissões.

No comparativo regional, o Ceará foi o segundo estado com maior número de fechamento de postos de trabalho entre os nove estados do Nordeste. Na região, o mercado de trabalho de seis estados encolheu,  o estado do Rio Grande do Norte registrou o fechamento de 2.430 postos de trabalho, maior redução da região, seguido pelos números do Ceará e depois de Sergipe, que computou o fechamento de 1.253 vagas. 

Caged: Brasil gera 155 mil empregos formais em janeiro
Caged: Brasil gera 155 mil empregos formais em janeiro

Brasil gera 155 mil empregos no mês

O Brasil fechou o mês de janeiro de 2022 com um saldo de 155.178 empregos formais, segundo balanço do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged) apresentado ontem, 10, pelo Ministério da Economia. O saldo de janeiro foi resultado de 1.777.646 admissões e 1.622.468 desligamentos. Com isso, o estoque de empregos formais no país chegou a 40.833.533, o que representa uma variação de 0,38% em relação ao estoque do mês anterior.

Os números mostram que, no mês de janeiro, quatro dos cinco grupamentos de atividades econômicas apresentaram saldo positivo, com destaque para o setor de serviços, com a geração de 102.026 novos postos de trabalho formais. O destaque fica para as atividades de informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas, que geraram 58.773 postos.

Na sequência vem a indústria geral, que gerou 51.419 postos; construção civil, com 36.809 postos e Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura, com 25.014 postos. O setor de comércio teve saldo negativo de 60.088 postos.

“Foram 15.600 admissões e 12.517 desligamentos na modalidade de trabalho intermitente - empresa contrata um funcionário para prestar serviços de forma esporádica - gerando saldo de 3.083 empregos, envolvendo 3.784 estabelecimentos contratantes. Um total de 201 empregados efetuou mais de um contrato na condição de trabalhador intermitente”, informou a pasta.

Em janeiro de 2022, houve 21.367 admissões e 17.538 desligamentos na modalidade de trabalho intermitente, gerando saldo de 3.829 empregos, envolvendo 4.827 estabelecimentos contratantes. Além disso, 355 empregados celebraram mais de um contrato na condição de trabalhador intermitente.

“Do ponto de vista das atividades econômicas, o saldo de emprego na modalidade de trabalho intermitente distribuiu-se por serviços (+2.592 postos), construção civil (+1.256 postos), indústria geral (+824 postos), agropecuária (+81 postos) e comércio (-924 postos)”, informou o Ministério da Economia.

Já em relação ao trabalho em regime de tempo parcial foram registradas 16.370 admissões e 15.687 desligamentos, gerando saldo de 683 empregos, envolvendo 6.578 estabelecimentos contratantes. Um total de 96 empregados celebrou mais de um contrato em regime de tempo parcial.

Entre as atividades econômicas, o saldo de emprego em regime de tempo parcial ficou distribuído da seguinte forma: indústria geral, com 1.312 postos; serviços, com 121 postos; construção, com 55 vagas, agropecuária, com 32 postos e comércio, com saldo negativo de 773 postos.

Desligamento mediante acordo entre empregador e empregado

Em janeiro de 2022, houve 17.975 desligamentos mediante acordo entre empregador e empregado, envolvendo 12.294 estabelecimentos, em um universo de 11.419 empresas. Houve 49 empregados que realizaram mais de um desligamento.

Estados

De acordo com o Novo Caged, no mês de janeiro de 2022, apenas 19, dos 27 estados registraram saldos positivos. Entre os estados que mais geraram vagas, o destaque é para São Paulo, com 48.355 novos postos. Santa Catarina, com 23.358, e Paraná, com 18.351.

Os estados que apresentaram maior saldo negativo de vagas foram: Sergipe, com -1.253 postos; Ceará, com -1.508 postos e Rio Grande do Norte, com -2.430 postos.

Salário

Para o conjunto do território nacional, o salário médio de admissão em janeiro/2022 foi de R$ 1.920,59. Comparado ao mês anterior, houve aumento real de R$ 115,24 no salário médio de admissão, uma variação em torno de 6,38%.

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