As principais companhias aéreas do País já sinalizam adaptações e algumas confirmam a necessidade de reajuste nos preços das passagens devido à instabilidade provocada pela guerra.
Em nota, a Latam reconheceu o cenário de crise e projetou um aumento de 25% a 30%. "É inegável o impacto nos custos das companhias aéreas, em função da alta do preço do querosene da aviação (QAV) - a empresa estima um aumento da ordem de 25% a 30% nas tarifas. Infelizmente, diante da imposição desse novo cenário de crise sem precedência e previsibilidade, afetará o aumento no preço das passagens", informou a empresa.
A Azul comunicou que "embora o valor do barril do petróleo já tenha sido um pouco maior há 14 anos, a situação atual é muito pior, pois naquela época o valor do dólar estava muito abaixo dos atuais R$ 5,00 e era cotado abaixo de R$ 2,00". Por meio de nota, a companhia ressaltou que "essa matemática é bastante impactante para o setor aéreo, em especial para as empresas brasileiras, que têm diversos custos em dólar e um dos combustíveis mais caros do mundo", e acrescentou ainda que "a continuidade desse cenário poderá adiar uma retomada mais vigorosa da oferta de voos no país, assim como a inclusão de novas cidades e novas rotas e frequências entre aeroportos que já contam com serviço aéreo".
Em comunicado ao mercado, a Gol reajustou o custo médio do litro de combustível de R$ 3,8 para R$ 4,3, uma alta de 15% e projetou uma perda de receita de cerca de R$ 300 milhões.
A empresa aérea disse que está "está atualizando suas projeções financeiras face aos aumentos esperados de aproximadamente 30% nos preços brasileiros de querosene de aviação desde o início do ano", e sinalizou uma revisão para baixo no número de aviões que deverão decolar e no total de voos comercializados, de modo que as despesas não devem subir. (Karyne Lane, especial para O POVO)