Estudos realizados em Fortaleza para o Atlas do Capital Humano - desenvolvido pelo Instituto de Planejamento de Fortaleza (Iplafor) e lançado ontem - apontam que somente 10% das pessoas em Fortaleza têm alguma formação na área de tecnologia. Este, inclusive, é o setor no qual a cidade precisa avançar mais, segundo a diretora do Observatório de Fortaleza, Elisângela Teixeira. Entre elas, Ciência da Informação e Engenharia da Computação.
“Precisamos elevar para 100% o capital humano com formação nessa área. A tecnologia está inserida em todas as áreas”, alertou. O desenvolvimento da cidade está focado, assim como do Estado, em hubs e cadeias prioritárias que utilizam mão de obra digital para evolução e concorrer com os grandes centros mundiais.
Além de trazer, anualmente, atualizações numéricas sobre a educação na capital cearense, a proposta é fazer do Atlas do Capital Humano uma fonte de dados para reunir os setores público e privado e aproximar a academia do mercado econômico. O vice-prefeito Élcio Batista justificou o lançamento ter acontecido justamente na Federação das Indústrias do Ceará (Fiec) por esse propósito.
“No segundo semestre, lançaremos o Atlas da Economia de Fortaleza em alguma universidade. Precisamos fazer um link entre os dois setores. Essa é a diferença entre a Coreia e o Brasil. Aqui, nunca associamos educação com economia, pelo contrário, o que nos gerou problemas. Agora, temos que corrigir essa rota”, observou.
A ideia é que esse modelo seja replicado nas demais cidades do Estado e que cada município tenha seus próprios institutos de planejamento. “Precisamos de um novo tipo de planejamento, o planejamento inteligente para aliar as novas tecnologias e todo o seu potencial. Assim poderemos planejar novas cidades para que elas sejam ambientes que redução as desigualdades sociais”, projetou Élcio.
Também presente ao evento, o prefeito Sarto Nogueira (PDT), destacou que essa ferramenta será colocada à disposição de forma livre e gratuita para todos. “Como exemplo, temos uma parte da juventude que pode focar no mercado de games. A prefeitura tem o projeto Juventude Digital que recruta e capacita alunos do 9º ano, formando programador e designer”, disse. Sobre investimentos para o Atlas, o executivo não citou aportes e informou que já estava previsto dentro do Iplanfor.
O secretário municipal do Desenvolvimento Econômico de Fortaleza, Rodrigo Nogueira, avalia ser fundamental esses estudos para identificar quais são as pessoas e em quais áreas elas precisam ser qualificadas. “Fortaleza tem o maior plano de qualificação gerencial do Brasil, junto ao Sebrae. Ele formou de maio do ano passado até fevereiro deste anos mais de 10 mil pessoas. A meta é encerrar 2022 com 25 mil pessoas capacitadas. O Atlas nos mostra quem são essas pessoas e quais as vocações da cidade”, sinalizou.
A expectativa do presidente da Fiec, Ricardo Cavalcante, é que essa ferramenta traga um retorno grande para Fortaleza. Na entidade já existe o Observatório da Indústria que trabalha com os perfis dos profissionais do futuro, entendendo qual é a tendência de cada bairro. “Projetos assim são importantes para que as pessoas saibam onde conseguir recursos e para os que estão com os recursos saibam onde alocarem”.
A socióloga Neca Setúbal foi a convidada especial para abrir o evento e destacou, entre muitas tendências mundiais, quatro focos de atenção – Meio Ambiente, Democracia, Desigualdade e Trabalho. “Especificamente sobre os jovens, o Brasil não conseguiu ainda criar uma política para esse público que possa articular educação, trabalho e cultura. Eixos fundamentais para a formação dos jovens. Isso é emergencial, não é para amanhã. Temos um problemão e é preciso achar um propósito individual e coletivo”, reflete.
Construtora cearense ganha selo A em gestão humanizada
Indo ao encontro da agenda de práticas necessárias e visão mais apurada do capital humano de cada estado, cidade e empresa, a C. Rolim Engenharia recebeu ontem o Selo A no Prêmio “Melhores para o Brasil”.
Isso significa que a construtora foi destaque na pesquisa Melhores para o Brasil e que está comprometida com uma Nova Economia, realizada pela Humanizadas, empresa de inteligência de dados que move a Nova Economia.
“Esse é o resultado de um trabalho que vem sendo executado há 45 anos pela C.Rolim Engenharia. Nosso propósito é construir edificações, edificando vidas. Essas vidas não são apenas dos nossos clientes, são também dos nossos colaboradores, das pessoas que vivem no entorno das nossas obras e de todos os stakeholders ( partes interessadas no sucesso do negócio) e todas as pessoas com quem nos conectamos no dia a dia”, celebra Ticiana Rolim Queiroz, diretora de Gente e Impacto Social da C.Rolim Engenharia.
A terceira edição da pesquisa contou com a participação de mais de 86 mil pessoas e 300 companhias que atuam no país. A C. Rolim Engenharia recebeu a premiação no Rating A, o primeiro nível em uma categorização que vai até o nível E, sendo a única empresa da construção civil do Ceará premiada nesta edição.
Para o coordenador da pesquisa, Pedro Paro, a análise dos dados das empresas pesquisadas aponta para cinco pontos de inflexão que exercem pressão nas organizações em prol da Nova Economia.
“Destaco a relevância dos Millennials e da Geração Z, que agora passam a provocar mudanças na maneira como as empresas inovam e na forma como respondem às demandas na experiência dos clientes e dos colaboradores. Em termos de investimentos, também posso ressaltar a busca por modelos e iniciativas orientados a impacto ESG (Environmental, Social and Governance). Essas alterações no comportamento, envolvendo diferentes públicos, revelam uma mudança de hábitos na Economia e, consequentemente, em nossa sociedade”, analisa.
Atualmente, para algumas empresas, essas mudanças representam grandes riscos ao negócio e, para outras, representam uma série de oportunidades de crescimento. “O que vai fazer a diferença é justamente o estágio de maturidade da liderança e da gestão de cada organização”, justifica o pesquisador.
Os resultados da pesquisa comprovam que o fator humano tem uma relevância estratégica de ponta a ponta nas organizações, contrariando conceitos de uma velha economia, de acordo com Paro.
Educação Profissional
Cursos 830
Alunos 24816
Escolas 70
Ranking dos 10 cursos com mais matrículas em Fortaleza em 2020
Colocação Curso Matrículas
1 Enfermagem 4844
2 Radiologia 1613
3 Informática 1474
4 Redes de Computadores 968
5 Administração 1789
6 Secretaria Escolar 709
7 Edificações 482
8 Eletrotécnica 449
9 Estética 447
10 Segurança do Trabalho 439
Principais hubs e clusters* no Ceará
Energia Renováveis
Agronegócio
Rede de Recursos Hídricos
Têxtil e Calçados
Logística
TIC - Tecnologia da Informação e Comunicação
Turismo
Economia Criativa
Economia do Mar
Hubs Aéreo, Tecnológico e Portuário
Hub Hidrogênico Verde
Hub de Comércio exterior - em andamento
*Clusters são as cadeiras prioritárias
Educação Superior
Cursos 627
Alunos 142432
Docentes 9013
IES 38
Pós-graduação
Ranking das 10 áreas do conhecimento por número de alunos matriculados e titulados em 2020
Colocação Grande Área Matrículas e títulos
1 Ciências da Saúde 1907
2 Ciências Humanas 1854
3 Ciências Sociais Aplicadas 1660
4 Ciências Exatas e da Terra 1226
5 Multidisciplinar 1201
6 Engenharias 888
7 Ciências Biológicas 672
8 Linguística, letras e Artes 662
9 Ciências Agrárias 606
Gratuito
Dados do atlas serão disponibilizados de forma gratuita a todos da sociedade, segundo afirmou o prefeito de Fortaleza
Construtora do CE ganha selo A em gestão humanizada no prêmio Melhores para o Brasil
Indo ao encontro da agenda de práticas necessárias e visão mais apurada do capital humano de cada estado, cidade e empresa, a C. Rolim Engenharia recebeu ontem o Selo A no Prêmio "Melhores para o Brasil".
Isso significa que a construtora foi destaque na pesquisa Melhores para o Brasil e que está comprometida com uma Nova Economia, realizada pela Humanizadas, empresa de inteligência de dados que move a Nova Economia.
"Esse é o resultado de um trabalho que vem sendo executado há 45 anos pela C.Rolim Engenharia. Nosso propósito é construir edificações, edificando vidas. Essas vidas não são apenas dos nossos clientes, são também dos nossos colaboradores, das pessoas que vivem no entorno das nossas obras e de todos os stakeholders ( partes interessadas no sucesso do negócio) e todas as pessoas com quem nos conectamos no dia a dia", celebrou Ticiana Rolim Queiroz, diretora de Gente e Impacto Social da C.Rolim Engenharia.
A terceira edição da pesquisa contou com a participação de mais de 86 mil pessoas e 300 companhias que atuam no país. A C. Rolim Engenharia recebeu a premiação no Rating A, o primeiro nível em uma categorização que vai até o nível E, sendo a única empresa da construção civil do Ceará premiada nesta edição.
Para o coordenador da pesquisa, Pedro Paro, a análise dos dados das empresas pesquisadas aponta para cinco pontos de inflexão que exercem pressão nas organizações em prol da Nova Economia.
"Destaco a relevância dos Millennials e da Geração Z, que agora passam a provocar mudanças na maneira como as empresas inovam e na forma como respondem às demandas na experiência dos clientes e dos colaboradores. Em termos de investimentos, também posso ressaltar a busca por modelos e iniciativas orientados a impacto ESG (Environmental, Social and Governance). Essas alterações no comportamento, envolvendo diferentes públicos, revelam uma mudança de hábitos na Economia e, consequentemente, em nossa sociedade", analisa.
Atualmente, para algumas empresas, essas mudanças representam grandes riscos ao negócio e, para outras, representam uma série de oportunidades de crescimento. "O que vai fazer a diferença é justamente o estágio de maturidade da liderança e da gestão de cada organização", justifica o pesquisador.
Os resultados da pesquisa comprovam que o fator humano tem uma relevância estratégica de ponta a ponta nas organizações, contrariando conceitos de uma velha economia, de acordo com Paro.