Atualmente, no mundo, a capacidade existente de energia eólica no mar, ou energia eólica offshore, é de 30 gigawatts (GW) e em 2050 ela chegará a cerca de 2000 GW. A prospecção é do coordenador do Núcleo de Energia da Federação das Indústrias do Ceará (Fiec), Joaquim Rolim, que vê o Ceará como pioneiro no País.
“Ainda não temos nenhum parque eólico no mar no Brasil, mas existem 35 projetos que totallizam 80 GW, sendo 20% disso no Ceará, o que correponde a sete projetos do total nacional. Eles estão em licenciamento junto ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama)”, informou.
O coordenador é otimista e acredita que em 2026 ou 2027 exista efetivamente um parque, em operação e produção no Brasil e possivelmente seja no Ceará, pelo Estado estar mais à frente em relação às questões de energias renováveis.
Outro grande salto apontado pelo especialista é o consumo de hidrogênio verde no mundo, que terá uma elevação de cinco vezes até 2050. “Entre 10% e 20% da energia mundial será oriunda do hidrogênio verde. Essa energia será usada para transportes, aquecimento industrial, mobilidade e energia elétrica. O que aumenta ainda mais a valorização da energia eólica e solar que são necessárias para geração dessa energia limpa.”, projeta.
Ele complementa, ainda, que com essas elevações nos preços do gás natural e dos combustíveis fósseis “mostram para o mundo a importância do hidrogênio verde”. Hoje, a energia eólica é fonte de produção mais barata, limpa e renovável. “Somando a energia solar, a energia eólica no mar e a energia eólica que o Ceará tem estamos falando do presente e futuro das energias”, finaliza.
O consultor de Energias Renováveis da Fiec, Jurandir Picanço, apresentará o tema “Energias Renováveis e Hidrogênio Verde, a vanguarda da inovação”. Segundo ele, o Nordeste tem uma grande oportunidade na transição e substituição dos combustíveis fósseis por energias renováveis.
“Em particular o Ceará, que desenvolveu o hub do Hidrogênio Verde e poderemos exportar energia em forma de hidrogênio. É um momento especial para o Estado para grandes empresas desenvolverem seus negócios”, sinaliza.
Com relação a vinda dos memorandos de entendimento para o Ceará, a expectativa de Picanço é que os projetos locais se desenvolvam no sentido de atender a Europa. Prioritariamente a Alemanha, pois o país se encontra em nível de avanço maior em relação aos protocolos desse tipo de importação.
Destacou, ainda, a participação efetiva da Fiec junto aos empreendedores que desejam investir por meio de levantamento de dados e informações, capacitação de mão de obra, facilitação em contatos, entre outras ações.
Fiec recebe painéis do agro, saúde e energias
Entre os dias 29 e 31 de março, a Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec) recebe o evento Rota Ceará Vanguadas - Hubs de Energia verde, Saúde e Agronegócio.
Na agenda, palestras e painéis que trazem temas atuais e relevantes sobre as potencialidades do Ceará. A abertura conta com palestra do Mário Moreira, vice-presidente de gestão e desenvolvimento da Fiocruz.
Paticipam do painel o doutor Carlos Roberto Martins (Cabeto), ex-Secretário de saúde do Ceará; Marcelo Alcântara, idealizador do Capacete Elmo; Izabel Guedes, imunologista; e o doutor Luis Moura, presidente do Instituto do Obeso.
O dia 30 será voltado ao agonegócio com abertura do Amilcar Silveira, presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará (Faec), seguida de painel com empresários e especialistas.
E o último encontro será sobre energias renóvais com palestra de Jurandir Picanço, consultor de energias renováveis da Fiec; e encerramento com painel de especialistas do setor com participação de Cayo Moraes, executivo da EDP Brasil.
SERViço
Rota Ceará
Data: 29 a 31 de março de 2022
Local: Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec)
Informações: Inscrições gratuitas no site www.rotacearavanguardas.com.br
GLOBAL
O ministério de Minas e Energia participou da Ministerial da Agência Internacional de Energia para acelerar a transição energética global para um futuro de baixo carbono.