Talvez dois dos produtos mais associados ao Ceará, quando se trata de agronegócio sejam o caju e a castanha. Nos últimos anos, contudo, com o desenvolvimento de pesquisas a cajucultura tem conseguido se diversificar de tal modo que hoje gera derivados que vão desde corantes alimentares até as chamadas carnes vegetais.
Para o pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Fábio Paiva. "hoje, está se pensando no caju para o mercado 'plant based' (dieta vegana), com a chamada carne de caju. Já existem empresas desenvolvendo uma espécie de farinha granulada, semelhante a usada para fazer cuscuz, mas que pode ser usada para produzir salsichas ou hambúrgueres vegetais".
Paiva cita ainda outros usos novos do insumo. "O caju tem entre 80% e 90% de umidade, mas os outros 10% a 20% são compostos por fibra. Essa parte era normalmente desperdiçada, mas com o avanço da tecnologia você consegue retirar vários produtos, tais como pigmentos usados na indústria alimentícia".