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Ceará busca ampliar parcerias comerciais com 10 países
Economia

Ceará busca ampliar parcerias comerciais com 10 países

| Em 2022 | Estado tem cumprido agenda internacional, intensificando a promoção das oportunidades de negócios e mira latinos, europeus e americanos na investida
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Fruticultura, energia e logística são alguns dos setores negociados com os parceiros internacionais pelo Ceará (Foto: Thais Mesquita)
Foto: Thais Mesquita Fruticultura, energia e logística são alguns dos setores negociados com os parceiros internacionais pelo Ceará

Com uma série de reuniões e presença em eventos empresariais, Ceará busca aprofundar relações comerciais com ao menos 10 países e intensificar parceiras com outros três estados brasileiros ainda em 2022. Com foco no agronegócio, indústria e setor de energia renováveis, Ceará está em diálogo com a Itália, Portugal, Espanha, Colômbia, Costa Rica, Equador, Peru, Alemanha, Holanda e Estados Unidos. 

A informação foi revelada com exclusividade ao O POVO pelo titular da Secretaria do Desenvolvimento Econômico e Trabalho (Sedet), Maia Júnior. Além das relações exteriores, o secretário conta ainda que o Ceará está investindo em diálogo com empresas e produtores dos estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul. 

As conversas à nível nacional se voltam especialmente para o setor têxtil e as indústrias de vestuário e calçados, porém, com São Paulo, ainda há o diálogo sobre projetos de logística. "Estamos procurando fazer o dever de casa do Estado do Ceará que é justamente promover as nossas capacidades de produção, aumentar a relação comercial do Ceará com outros países e dentro do Brasil também", afirma Maia. 

O secretário pontua ser necessário, porém, o empenho dos produtores e empresários cearenses em expandir a presença de seus produtos e serviços em outras regiões, para além do Ceará, para que os órgãos competentes consigam impulsionar parcerias comerciais com empresas e investidores estrangeiros ou de outras regiões do Brasil. 

"Preciso que quem produz se interesse em levar e expor os produtos em outras praças para aumentar o volume comercial das empresas cearenses", afirma ao reforçar a importância da exposição dos negócios cearenses em eventos e feiras empresariais nacionais e internacionais. O secretário detalha ao O POVO a agenda de reuniões marcadas até o início do segundo semestre. 

Com relação ao agronegócio, o Estado esteve, na passagem de fevereiro para março, no Peru, em uma sequência de encontros com empresários peruanos. O foco das conversas, conforme Maia, foi a possibilidade de investidores do Peru investirem na produção de frutas no Estado, especialmente de culturas já referenciadas por agricultores cearenses. 

A economia do mar, com foco na produção de pescados para exportação, é outro ponto de investimento do Estado com agendas em Berlim, na Alemanha, e em Barcelona, na Espanha. Na Alemanha, os representantes comerciais cearenses tiveram diálogos com empresas que exportam pescado para outras regiões do mundo e, na Espanha, a presença do Ceará irá ocorrer no fim de abril, em um evento empresarial que promove o potencial de negócios da exploração do mar, com foco maior no ramo gastronômico e alimentício. 

"Nós montamos uma reestruturação completa do processo de promover a economia cearense e atrair novos investimentos. Esse processo foi disciplinado, foi organizado para isso", acrescenta Maia. O titular da Sedet destaca ainda que parte desse processo envolve uma promoção interna dos próprios negócios cearenses. 

"É do nosso interesse que essas cadeias econômicas sejam bem promovidas no Ceará. O cearense precisa saber o que que a gente produz e as empresas cearenses, estando em feiras importantes, precisam trazer seus clientes pra ver o que é produzem no próprio Ceará", afirma. 

Com relação ao setor de energia renováveis, uma das maiores apostas para o desenvolvimento econômico do Estado, Maia destaca que "em breve" uma equipe técnica estará em Nova York, nos Estados Unidos, em eventos relacionados a produção de hidrogênio verde e exploração de energia eólica em alto mar (offshore). "Para colocar o Estado na página do exterior, dar visibilidade ao que nós temos de produtivo, de potencial econômico no Ceará", complementa o secretário. 

Outro grupo de técnicos apresentará o potência e investimos já previstos no Estado com relação a geração de energia renovável também em dois eventos na Europa, um promovido pelo porto de Roterdã, na Holanda, em parceria com o Complexo Portuário e Industrial do Pecém, e outro na Alemanha. "Depois disso eu vou para uma dessas promoções, no final do mês de maio e início de junho para tentar promover a economia do Ceará em Portugal", detalha Maia. 

O secretário acrescenta ainda que os diálogos com o Estados Unidos estão avançando em ritmo menos acelerado diante da diversidade de setores empresariais possíveis de parcerias com o Estado. "Estamos procurando focar mais em países com padrões mais elevados de conectividade com nossa economia, mais semelhantes, como países latinos e nações com as quais o Ceará já tem relações comerciais", conclui Maia. 

*Com colaboração da jornalista Carol Kossling

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Quais os alvos do Ceará?

Peru, Costa Rica, Equador e Colômbia:

Agronegócio, com foco no fortalecimento da fruticultura para exportação.

Alemanha, Espanha, Estados Unidos, Holanda e Europa de modo geral:

Energias renováveis com destaque para parques eólicos offshore (em alto mar) e hidrogênio verde.

Holanda, Portugal, Itália:

Comércio exterior diversificado, logística e turismo.

São Paulo, Minas Gerais e Mato Grosso:

Foco na indústria têxtil, calçadista e de confecções, desde linhas de produção, parcerias comerciais e compra e venda de matéria-prima (algodão), além de planos de logística para escoamento de mercadoria.

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