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Segurança frágil diminui a confiança dos usuários
Economia

Segurança frágil diminui a confiança dos usuários

Análise. Desafios
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Antonio Horta é cientista e pesquisador em segurança cibernética do Morphus Labs. (Foto: Acervo pessoal)
Foto: Acervo pessoal Antonio Horta é cientista e pesquisador em segurança cibernética do Morphus Labs.

A confiança dos clientes/usuários de empresas que já sofreram ciberataque ou vazamento de dados caiu drasticamente. Uma pesquisa da PSafe revelou que 73,2% dos pesquisados não voltariam a fazer negócio com uma companhia caso ela tenha sofrido um vazamento de dados.

O levantamento revelou ainda que 74,01% das pessoas se sentem mais seguras em se cadastrar ou tornar-se cliente de empresas que garantam a proteção de dados. Do percentual que revelou ter ciência do vazamento de seus dados, 39,10% revelou ter descoberto com a tentativa de golpes, outros 20,86% receberam notificação da própria empresa e 19,17% foram avisados ao realizar um login.

"É importante utilizar sempre um fator adicional de segurança (múltiplo fator de autenticação ou verificação em duas etapas). A maioria das grandes empresas oferecem aplicativos ou programas de computador que exigem que você realize uma segunda etapa antes de permitir que você entre nos aplicativos de banco e e-mail", recomenda Pedro Leite, que atua na empresa Shield Security.

Para o delegado Daniel Diógenes, titular do Departamento de Inteligência da Polícia Civil do Ceará, em caso de furto ou roubo, um caminho para impedir a utilização do telefone é através do IMEI, o número que identifica cada aparelho.

"Para descobrir qual é o IMEI do seu celular, basta abrir as configurações dele ou discar para o número *#06#. Tendo o IMEI, caso haja um roubo, é possível ligar para sua operadora e, com o código, solicitar o bloqueio, que deve ser feito em até 24 horas", explica.

"O Brasil não é para amadores. A gente tem crimes cometidos aqui que você não vê em outros lugares", opina Antonio Horta, cientista e pesquisador em segurança cibernética do Morphus Labs.

Para ele, em todos os casos, a prioridade é preservar o bem mais valioso: a vida. "Infelizmente os danos não são exclusivamente materiais, hoje em dia a violência está tão grande que as pessoas às vezes perdem a vida. Por isso, nunca reaja, se você seguir as orientações e se prevenir, entregue o seu celular para que a pessoa saia e você tenha o menor prejuízo possível, saia com vida".

 

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