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Ministério da Economia dá sinal verde a bolsa-caminhoneiro
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Ministério da Economia dá sinal verde a bolsa-caminhoneiro

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Rodovia BR-101 foi a mais cara para os motoristas abastecerem com diesel comum em novembro, com o preço do litro do combustível a R$ 6,26
 (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)
Foto: Valter Campanato/Agência Brasil Rodovia BR-101 foi a mais cara para os motoristas abastecerem com diesel comum em novembro, com o preço do litro do combustível a R$ 6,26

Em novas negociações com o Congresso, o Ministério da Economia se mostrou favorável à concessão de uma bolsa-caminhoneiro com custo de R$ 1,5 bilhão ainda neste ano, às vésperas da eleição.

Também está em discussão a concessão de um auxílio para motoristas de táxis e de aplicativos. A avaliação na equipe econômica é de que a concessão desse subsídio para os caminhoneiros arcarem com o custo dos aumentos do óleo diesel anunciados pela Petrobras é "válida".

A concessão do subsídio voltou à mesa de negociação nas discussões que cercaram a aprovação, na quarta-feira, 25, do projeto que fixa um teto de 17% para o ICMS sobre energia elétrica, combustíveis, gás natural, querosene de aviação, transporte coletivo e telecomunicações.

A inclusão do subsídio no projeto da Câmara chegou a ser discutida pelo presidente da Casa, Arthur Lira (Progressistas-AL). Após a votação do projeto, que teve 403 votos favoráveis, incluindo os da oposição, Lira deu a senha dos próximos passos para conter o impacto da alta dos combustíveis no bolso do consumidor neste ano de eleições. Lira acabou aceitando incluir no projeto uma demanda do ministério para tornar impositivo aos Estados o cumprimento da regra de transição do ICMS sobre o diesel que visava a garantir a redução de R$ 0,30 do preço na bomba dos postos.

O entendimento na equipe do ministro da Economia, Paulo Guedes, é de que a bolsa funcionaria como um "seguro barato" para proteger a atividade econômica de um custo muito maior que seria a deflagração de uma greve dos caminhoneiros, como a ocorrida no governo Michel Temer, em 2018. Na época, a paralisação afetou o abastecimento de produtos, sobretudo de combustíveis, com filas gigantes nos postos.

Apesar da tensão crescente dentro da categoria, o presidente da Associação Nacional de Transporte do Brasil (ANTB), José Roberto Stringasci, alega não haver no momento indício de uma paralisação dos caminhoneiros naqueles moldes, embora as entidades tenham realizado mobilizações pelo País para protestar contra a alta dos combustíveis, incluindo uma caravana intitulada 'Soberano Brasil', que deve chegar hoje à Bahia. (Com Agência Estado)

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