A Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotores (Abrava) classificou a proposta que prevê teto para Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) nos combustíveis e a isenção dos tributos federais sobre o produto, apresentados na segunda-feira, 6, pelo governo federal, como uma "solução tabajara". "Retirar o ICMS dos combustíveis, que não é uma receita da União, é como tomar dinheiro do vizinho para pagar uma conta da minha casa", disse o presidente da Abrava, Wallace Landim, conhecido como Chorão.
Na avaliação de Chorão, a isenção dos tributos federais não ameniza a situação dos transportadores rodoviários. "A isenção do Programa de Integração Social (PIS), da Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (Cofins) e da Contribuições de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) representam 6% na composição do preço do diesel, não refresca em nada a vida do caminhoneiro, e não resolve a inflação que está matando o povo mais pobre de fome", afirmou na nota.
A entidade defende o fim da Política de Paridade de Preço Internacional (PPI) da Petrobras, que vincula o preço interno dos combustíveis ao preço internacional do barril de petróleo e ao dólar.
"Os caminhoneiros e o povo brasileiro estão preocupados em colocar comida na mesa de suas famílias. Não vemos luz no fim do túnel. O País vai parar!", concluiu Chorão na nota. (Agência Estado)