A taxa de desemprego no Brasil caiu para 10,5% no trimestre terminado em abril deste ano, conforme revela a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Apesar da redução, realidade ainda atinge 11,3 milhões de brasileiros.
O desemprego recuou 0,7 ponto percentual em relação aos 3 meses imediatamente anteriores e 4,3 pontos percentuais em 1 ano. O País registrou uma abertura de 1,083 milhão de vagas no mercado de trabalho em apenas um trimestre.
Entre fevereiro e abril deste ano, a população ocupada alcançou um recorde de 96,512 milhões de pessoas no trimestre encerrado em abril de 2022. Com relação a igual período de 2021, cerca de 9 milhões de pessoas encontraram uma ocupação.
Já a população desocupada diminuiu em 699 mil pessoas em um trimestre, totalizando 11,349 milhões de desempregados no trimestre até abril. Em um ano, 3,840 milhões deixaram o desemprego. A população inativa somou 64,946 milhões de pessoas no trimestre encerrado em abril, 8 mil a mais que no trimestre anterior. Em um ano, esse contingente encolheu em 3,606 milhões de pessoas.
O nível da ocupação - porcentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar - passou de 55,3% no trimestre encerrado em janeiro para 55,8% no trimestre até abril. No trimestre terminado em abril de 2021, o nível da ocupação era de 51,1%.
No trimestre terminado em abril, faltou trabalho para 26,096 milhões de pessoas no País, segundo revela a pesquisa no somatório daqueles que não apresentam nenhum tipo de ocupação com a parcela da população que trabalha apenas meio período ou apenas para demandas pontuais. A taxa composta de subutilização da força de trabalho desceu de 23,9% no trimestre até janeiro para 22,5% no trimestre até abril.
O indicador inclui a taxa de desocupação, a taxa de subocupação por insuficiência de horas e a taxa da força de trabalho potencial, pessoas que não estão em busca de emprego, mas que estariam disponíveis para trabalhar. No trimestre até abril de 2021, a taxa de subutilização da força de trabalho estava em 29,6%.
A população subutilizada caiu 6,0% ante o trimestre até janeiro, 1,662 milhão de pessoas a menos. Em relação ao trimestre até abril de 2021, houve um recuo de 22,5%, menos 7,571 milhões de pessoas.
A taxa de subocupação por insuficiência de horas trabalhadas ficou em 6,8% no trimestre até abril de 2022, ante 7,3% no trimestre até janeiro, conforme os dados da Pnad Contínua do IBGE. Em todo o Brasil, há 6,559 milhões de trabalhadores subocupados por insuficiência de horas trabalhadas.
O indicador inclui as pessoas ocupadas com uma jornada inferior a 40 horas semanais que gostariam de trabalhar por um período maior.
Na passagem do trimestre até janeiro para o trimestre até abril, houve um recuo de 369 mil pessoas na população nessa condição. O País tem 730 mil pessoas subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas a menos em um ano.
Desalento
Mais de 4,4 milhões de pessoas estão em situação de desalento no Brasil. São aquelas que estão fora da força de trabalho, queriam estar empregadas, mas desistiram de procurar por razões como a dificuldade de conseguir uma vaga