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Capacitação e formalização de negócios são, ao mesmo tempo, gargalos e diferenciais
Economia

Capacitação e formalização de negócios são, ao mesmo tempo, gargalos e diferenciais

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Em um cenário de dualidade, onde o número de empresas fechadas cresce o dobro do aumento de novos registros, o presidente do Pacto de Aceleração das Empresas Cearenses (Paec), Fred Pinho, destaca que a busca por uma maior capacitação e pela formalização de negócios influenciam diretamente nos números do Estado, tanto com relação a abertura de novas empresas, quanto no aumento do número daqueles que encerraram as atividades definitivamente.

"Muitas pessoas começam a empreender sem preparo, apenas com a possibilidade do que imaginam ser um bom negócios, mas para que um empresário possa despontar com sua inciativa empreendedora é muito importante que ele tenha ao seu redor um ambiente social e econômico de incentivo e que invista em si mesmo para lidar com essa questão", pontua Fred.

Ele explica que a busca por uma maior capacitação é um dos fatores que está aumentando o número de empresas no Ceará. "Mais pessoas estão se sentindo aptas para essa empreitada e aqueles que não fazem os preparativos tendem a não alcançar o resultado desejado", avalia. Neste cenário, o diretor técnico do Sebrae Ceará, Alci Porto, revela um aumento na demanda de aproximadamente 23% por cursos, informações e ações de incentivo para capacitação e formalização de novos negócios na entidade em 2022.

A expectativa é de que este ano ao menos 319 mil cearenses procurem ajuda do Sebrae, de forma presencial ou remota, para investir em iniciativas de empreendedorismo. A digitalização de tais serviços tem sido um dos responsáveis pela ampliação do número de empresas no Ceará, conforme avalia Fred.

"A taxa de crescimento de empresas no interior do Estado tem sido muito maior do que o da Grande Fortaleza, isso expressa uma clara expansão desse empreendedorismo por necessidade, onde a oportunidade de emprego é mais escassa, mas com nível de renda baixo, a competividade desses negócios também é baixa, por isso, mesmo essa expansão sendo vista com bons olhos, precisamos que o desenvolvimento econômico e social do País, em especial nessas regiões, acompanhe essa nova realidade", finaliza.

A realização de estudos de mercado, planos de desenvolvimento, competividade e gestão são outros pontos cruciais para sobrevivência dos novos negócios, conforme destaca Fred. Ele frisa que os novos empresários precisam estar atentos a todas as possibilidades de aprimoramento e qualificação.

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